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EUA consideram cruciais eleições na Nigéria


Administração Obama lamenta que jornalistas estrangeiros não tenham recebido vistos para cobrirem as eleições.

O Governo americano está a acompanhar com muita atenção a eleição presidencial na Nigéria, no próximo mês, e actos idênticos em cerca de uma dezena de Estados africanos. A secretária de Estado adjunta para Assuntos Africanos Thomas-Greenfield considera a eleição na Nigéria um termómetro para o continente.

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A Nigéria é o país mais populoso da África, é a maior economia e também o maior produtor de petróleo do continente.

Por este e outros motivos, entre eles a presença cada vez maior do grupo radical islâmico Boko Haran, altos funcionários dos Estados Unidos estão a acompanhar a eleição presidencial do próximo mês, considerada importantíssima pelo Governo americano.

A eleição estava marcada para o passado dia 14, mas foi adiada devido às ameaças do grupo Boko Haran e ao facto de mais de um milhão de pessoas estarem deslocadas e, portanto, impedidas de votar.

A subsecretária de Estado dos EUA para Assuntos Africanos Linda Thomas-Greenfield disse a jornalistas esta semana que foi pessoalmente informada pelas autoridades nigerianas de que as eleições serão realizadas no final de Março.

"Estamos a acompanhar esta eleição que será um termómetro para todo o continente. O mundo e o continente estão a assistir, vizinhos da Nigéria também. A nossa esperança é que a eleição seja livre, justa, transparente e pacífica, e que os resultados reflictam a vontade do povo da Nigéria", disse que Thomas-Greenfield, revelando ainda que os Estados Unidos estão a trabalhar com cerca de uma dezena de países africanos que realizam eleições em 2015 e 2016, incluindo o Burundi e a Etiópia.

Outra preocupação dos EUA, segundo a secretária de Estado adjunta para os Assuntos Africanos, é a tendência recente de líderes africanos de mudar a Constituição de modo a se manterem no poder, como tentou recentemente o Presidente Joseph Kabilah, da República Democrática do Congo.

"A nossa política de modo geral tem sido a de apoiar as mudanças que os próprios africanos têm defendido. Portanto, não estamos apenas a pressionar o Presidente Kabila para honrar a constituição de seu país, estamos a pressionar outros países para honrarem as suas constituições, porque é isso que ouvimos dos povos africanos", explicou a governante.

Ainda em relação à Nigéria, o secretário de Estado adjunto para Assuntos Públicos Douglas Frantz manifestou a preocupação da Administração Obama com o facto de o Governo nigeriano ter negado vistos a jornalistas estrangeiros que pretendiam cobrir as eleições.

"Eu acho que essa proibição é muito infeliz, aumentando assim a responsabilidade dos jornalistas nigerianos de cobrirem as eleições, disse Frants, para quem “a ausência de um grande contingente de jornalistas internacionais é lamentável, mas não é determinante.

As eleições estão previstas para o dia 28 de Março.

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