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EUA concluem instalação de cais flutuante em Gaza que permitirá entrada de 500 toneladas de ajuda


Foto, cortesia do Comando Central dos EUA, mostra os trabalhos de construção do cais flutuante no Mar Mediterrâneo, 26 abril 2024
Foto, cortesia do Comando Central dos EUA, mostra os trabalhos de construção do cais flutuante no Mar Mediterrâneo, 26 abril 2024

Militares dos Estados Unidos anunciaram esta quinta-feira, 16, ter ancorado um cais temporário numa praia de Gaza, que vai permitir levar até 500 toneladas de ajuda ao território sitiado por Israel, nos próximos dias.

"Esta manhã, apenas algumas horas atrás, o cais foi colocado, com sucesso, na praia de Gaza. Nos próximos dias, iniciaremos a entrega de ajuda", disse o vice-almirante dos EUA, Brad Cooper, aos repórteres, acrescentando que cerca de 500 toneladas de assistência humanitária estão carregadas em navios para serem distribuídas.

“Estamos concentrados em inundar a zona com assistência humanitária para complementar a prestação de ajuda através de rotas terrestres, que sabemos ser o caminho mais eficiente e eficaz para movimentar o volume necessário de assistência”, afirmou Cooper.

O novo corredor marítimo tem várias processos. Os produtos têm, inicialmente, de ser submetidos a inspcções e controlos de segurança no Chipre.

As cargas serão depois transportadas para a plataforma flutuante, construída pelos EUA ao largo da costa de Gaza, e transferidas para camiões, com barcos mais pequenos a levar os camiões para o cais, que se projeta ser a várias centenas de metros da costa do território.

Organizações humanitárias dizem que ajuda é insuficiente

Cada barco pode levar entre cinco a 15 camiões para terra.

Quando estiver totalmente operacional, o cais poderá fornecer cerca de 150 camiões de ajuda a Gaza, por dia, segundo as autoridades americanas.

As Nações Unidas estão encarregues de receber as remessas e coordenar a distribuição no terreno aos habitantes de Gaza, na sequência de um acordo que visa aumentar o que as organizações humanitárias consideram ser uma ajuda ainda insuficiente para as necessidades dos civis palestinianos.

“O corredor americano é absolutamente essencial para ajudar a preencher esta lacuna na necessidade de abordar as necessidades de abrigo, alimentação, saúde, desnutrição e saneamento de água potável”, afirmou Sonali Korde, assistente do administrador do Gabinete de Assistência Humanitária da Agência dos Estados Unidos para a Ajuda Internacional (USAID).

Algumas organizações de ajuda afirmaram que o corredor marítimo não é a melhor solução e que seria mais eficaz aumentar os fluxos de ajuda através de travessias terrestres.

“Precisamos apenas de continuar a trabalhar para conseguir mais ajuda em todas as rotas”, acrescentou Korde.

A ajuda humanitária tem demorado a chegar a Gaza devido aos longos bloqueios de veículos nos pontos de inspeção israelitas.

As organizações humanitárias afirmaram que são necessários em Gaza várias centenas de camiões de alimentos diariamente.

As Nações Unidas alertaram para uma fome iminente em Gaza, onde, diz a organização, a grande maioria dos 2,4 milhões de habitantes do território foi deslocada desde o início da guerra entre Israel e Hamas, depois do ataque terrorista lançado pelo grupo radical islâmico a 7 de outubro de 2023.

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