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Estudo revela dificuldades das mulheres angolanas no acesso à justiça, educação e trabalho


Mulheres zungueiras na praça do Avô Kumbi, em Luanda, Angola
Mulheres zungueiras na praça do Avô Kumbi, em Luanda, Angola

As mulheres não são reconhecidas para se beneficiarem de protecção social, revela a pesquisa do Insituto Mosaico

As mulheres angolanas têm dificuldades de acesso à justiça, aos recursos e meios de produção, à educação e aos cuidados de saúde, revela uma pesquisa realizada pelo Mosaico–Instituto para a cidadania, ligado à Igreja Católica.

“Revús do centro” plaineam manifestação em Luanda – 1:10
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O estudo, cujo resultado foi apresentado nesta terça-feira, 20, em Luanda, mostra também que as mulheres não são reconhecidas para se beneficiarem de protecção social, por estarem maioritariamente no trabalho informal, apesar de ser a actividade que garante o sustento da maior parte das famílias angolanas.

O jurista e deputado do MPLA, João Pinto diz, entretanto, que “Angola é um dos países onde as mulheres têm mais protagonismo social e político".

Para aquele parlamentar do partido no poder, a pesquisa devia ter em conta o que chamou de “aspectos antropológicos endógenos”, segundo os quais, acrescentou, “as mulheres angolanas, por tradição, procuram manter o lar dentro da família e não no quadro dos tribunais”.

O Instituto Mosaico diz que o estudo foi feito a partir de um inquérito de pesquisa que abrangeu 4.692 agregados familiares, com base numa amostra de 390 conglomerados em 15 municípios do país, entre Junho de 2019 e Novembro de 2020.

A pesquisa pretendeu avaliar a situação da equidade de género em Angola e permitir estudar e conhecer melhor a realidade social e a igualdade de género nos municípios seleccionados, suscitar debates em torno de políticas públicas-chaves e contribuir para fundamentar a tomada de decisões por parte de organismos estatais, bem como de organizações da sociedade civil, sobre a abordagem da igualdade de género nas políticas públicas, as práticas equitativas de género e as novas políticas e planos de acção mais inclusivos.

Para a sua realização, o Mosaico contou com a Fundação Fé e Cooperação, no âmbito do projecto Promoção da Advocacia de Políticas Públicas inclusivas em Angola, e o financiamento da União Europeia e do Instituto Camões.

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