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Estudantes angolanos na África do Sul gritam por ajuda e pedem para regressar ao país


Controlo de temperatura numa escola em Joanesburgo
Controlo de temperatura numa escola em Joanesburgo

Num altura em que os níveis de propagação da Covid-19 na África do Sul são cada vez mais elevados, os estudantes angolanos dizem-se abandonados, sem apoio, nem a solidariedade do Governo e muito particularmente da embaixada ou dos consulados angolanos naquele país.

“O consulado não dá qualquer ajuda nem apoio moral, em meio à pandemia do novo coronavírus”, lamentam.

Diante das dificuldades criadas pelo isolamento social, decretado pelas autoridades locais, devido ao aumento dos casos de contaminação em muitas províncias sul-africanas, os estudantes na cidade de Joanesburgo dizem que as fontes de sobrevivência estão cada vez mais escassas.

Muitos deles passaram a viver de trabalhos sazonais, como tarefeiros, “para pelo menos comprar comida”, como diz Camuleca dos Santos.

As transferências de dinheiro de Angola para a África do Sul estão cada vez mais difíceis através dos bancos angolanos.

Edson Augusto, estudante de construção civil, disse à VOA que nem mesmo os esquemas de remessas de dinheiro, a partir da Namíbia, têm sido possíveis depois que os três países fecharam as fronteiras e “a solução tem sido, por enquanto”,o recurso à ajuda de amigos e familiares.

Voos humanitários

Para além do apoio aos estudantes, Tadeu Vicente, que está a fazer mestrado na área de liderança, sugere que o Governo realize voos humanitários para repatriar os angolanos.

Os três entrevistados asseguraram que não há entre os estudantes angolanos quaisquer casos de contágio da doença.

Dados apresentados recentemente pelo Governo apontam que na África do Sul estão cerca de 1.200 cidadãos nacionais, que pretendem regressar a Angola.

Não foi possível ouvir a versão da embaixada de Angola na África do Sul nem do Ministério das Relações Exteriores, em Luanda.

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