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Estudantes africanos podem fazer graduação de graça no Brasil


Universidade de São Paulo, principal universidade do Brasil, participa do programa
Universidade de São Paulo, principal universidade do Brasil, participa do programa

Bárbara Ferreira Santos

Estudantes de países em desenvolvimento com boas notas na escola podem fazer toda a graduação de graça no Brasil por meio do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação, PEC-G, que oferece cursos superiores nas melhores universidades públicas e privadas do país.

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Cabo Verde é o país que tem mais levado alunos para as universidades brasileiras até agora por meio do programa. No total, 1918 cabo-verdianos foram ao Brasil fazer a graduação desde 1993. Desse número, 1164 já se formaram.

O segundo país africano que mais envia estudantes é Guiné-Bissau, seguido de Angola, como explica o coordenador do programa, Hilton Sales Batista.

Para participar da seleção, os estudantes precisam se inscrever em uma das embaixadas ou consulados brasileiros espalhados pelo mundo. As inscrições são abertas geralmente em maio e, em média, 400 alunos são selecionados por ano. De acordo com Batista, não há limite de vagas.

É preciso enviar a documentação que comprove bom desempenho na escola e provar que possui recursos para pagar moradia e alimentação durante os estudos. Mesmo estudantes de países da comunidade da língua portuguesa precisam fazer o teste de proficiência do português do Brasil.

Segundo Batista, durante a graduação o estudante tem que ter um desempenho acadêmico de acordo com as regras da universidade escolhida e não deve reprovar por faltas para não perder a vaga. Após a formação, eles devem voltar aos seus países para receber o diploma. O objetivo é que, no regresso, usem o conhecimento que adquiriram para melhorar a realidade de suas comunidades.

"O estudante não paga nada para estudar, mas assume responsabilidade de se manter durante alguns anos de graduação, geralmente 4 ou 5 anos. Quando ele se forma, retorna ao seu país, recebe o diploma e ajuda a melhorar a realidade do seu país. Essa é a filosofia do programa", explica Batista.

O estudante cabo-verdiano Hernany Paulo Varela dos Reis, foi ao Brasil estudar Arquitetura na Universidade de Brasília, na capital do Brasil, cidade referência para a arquitetura brasileira.

Ele diz que decidiu fazer a graduação no Brasil porque buscou a qualidade da universidade e pela experiência de morar fora.

"As universidades em Cabo Verde eram recentes em 2009, mas eu preferi procurar uma qualidade de ensino e pela aventura de conhecer novas cidades. E estudar em Brasília é uma oportunidade ótima para qualquer arquiteto", afirma Reis.

Ele se formou neste ano e vai adiar a volta a Cabo Verde porque agora concorre ao mestrado no Brasil.

Para os estudantes que também querem concorrer às vagas do PEC-G, o site do Ministério da Educação possui informações sobre processo seletivo, cursos disponíveis e data de inscrições: http://portal.mec.gov.br/pec-g.

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