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Estados Unidos ordenam saída de familiares de funcionários da embaixada na Ucrânia


Secretário de Estado Antony Blinken fala a diplomatas na Embaixada dos EUA em Kiev, Ucrânia, 19 de Janeiro 2022
Secretário de Estado Antony Blinken fala a diplomatas na Embaixada dos EUA em Kiev, Ucrânia, 19 de Janeiro 2022

Departamento de Estado insta cidadãos americanos também a abandonarem o país ante ameças de uma acção militar russa contra a Ucrânia

O Departamento de Estado ordenou a saída de familiares elegíveis da Embaixada dos EUA em Kiev, capital da Ucrânia, e autorizou a saída voluntária de funcionários contratados por Washington, ante a contínua ameaça de uma acção militar russa contra a Ucrânia.

Num aviso divulgado neste domingo, 23, o Departamento de Estado pediu também aos cidadãos americanos na Ucrânia que considerem deixar o país.

“Não viaje para a Ucrânia devido ao aumento das ameaças de acção militar russa e da covid-19”, diz o aviso de nível 4 que, anteriormente, apenas se referia à covid-19.

"Não viaje para a Rússia devido à tensão contínua ao longo da fronteira com a Ucrânia, o potencial assédio a cidadãos dos Estados Unidos, a capacidade limitada da embaixada de ajudar os cidadãos dos Estados Unidos na Rússia, a covid-19 e restrições de entrada relacionadas, terrorismo, assédio por funcionários de segurança do Governo russo e aplicação arbitrária da lei local”, lê-no aviso.

Um alto funcionário do Departamento de Estado, questionado por jornalistas, na noite deste domingo, 23, justificou o aviso com relatos de que a Rússia está a planear uma acção militar significativa contra a Ucrânia.

A mesma fonte, cuja identidade não foi revelada, acrescentou que as condições de segurança, particularmente ao longo da fronteira da Ucrânia, na Crimeia ocupada pela Rússia e no leste do país, controlado por Moscovo, são imprevisíveis e podem se deteriorar num curto espaço de tempo.

O Presidente Joe Biden disse, lembra aquele funcionário, que uma invasão militar russa pode acontecer a qualquer momento e, se houver uma invasão, a embaixada dos EUA em Kiev tem capacidade limitada para ajudar os americanos que desejam deixar o país.

Os funcionários do Departamento de Estado que falaram a jornalistas recusaram-se a dar qualquer estimativa do número de americanos que trabalham na embaixada em Kiev ou do número de americanos que vivem na Ucrânia.

Eles reiteraram que essas ordens estão a ser tomadas como uma "precaução prudente" que, de forma alguma, prejudica o apoio dos Estados Unidos ao Governo da Ucrânia e que Embaixada americana em Kiev continuará aberta.

Mais cedo, neste domingo, o secretário de Estado admitiu que “certamente, é possível que a diplomacia em que os russos estão engajados seja simplesmente para acompanhar os movimentos e não afectará a sua decisão final de invadir ou de alguma outra forma intervir, ou não na Ucrânia”.

Em declarações ao programa da NBC “Conheça a Imprensa”, Antony Blinken, reiterou que “temos a responsabilidade de levar a diplomacia até… o mais longe que pudermos porque é a maneira mais responsável de encerrar isso”.

Noutra entrevista ao programa “Estado da União”, da CNN, Blinken descartou que os Estados Unidos imponham imediatamente severas sanções económicas a Moscovo, o que prometeu fazer se o Presidente russo, Vladimir Putin, invadir a Ucrânia.

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