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Estados Unidos e vários governos condenam invasão de bolsonaristas e reiteram apoio a Lula


Manifestantes pró-Bolsonaro, seguram uma faixa que diz "Intervenção Militar" ao assaltarem o edifício do Congresso Nacional em Brasília, 8 Janeiro 2023
Manifestantes pró-Bolsonaro, seguram uma faixa que diz "Intervenção Militar" ao assaltarem o edifício do Congresso Nacional em Brasília, 8 Janeiro 2023

O Governo dos Estados Unidos condenou os ataques de apoiantes do antigo Presidente Jair Bolsonaro em Brasília, capital do Brasil, neste domingo, 8, bem como vários líderes como os presidentes de Angola, de Cabo Verde, do México e do Governo da Espanha e da União Europeia.

"Condenamos os ataques à Presidência, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal hoje. Usar a violência é sempre inaceitável. Nós nos juntamos a Lula para pedir o fim imediato dessas acções", escreveu o secretário de Estado americano, Antony Blinken, no Twitter.

O Presidente angolano também reagiu aos acontecimentos com uma declaração na página da Presidência da República no Facebook.

Brasil: Invasão de símbolos do poder
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"Na qualidade de Presidente pro tempore da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e na de Presidente da República de Angola expresso a mais vigorosa e firme condenação aos actos anti-democráticos que estão a ser praticados no Brasil, ao longo do dia de hoje, contra instituições que representam e simbolizam a semocracia brasileira", afirmou João Lourenço, para quem "estas manifestações lamentáveis e reveladoras de um elevado grau de intolerância não compatível com as regras do jogo democrático, em que os resultados legitimados pelo voto popular devem ser reconhecidos e aceites por todos".

Lourenço expressou a sua "convicção de que o Governo brasileiro, com o qual estamos solidários, exerçam a sua autoridade e reponham sem demora a ordem democrática no país".

Por seu lado, o Presidente de Cabo Verdes escreveu na sua página no Facebook estar a acompanhar "com enorme preocupação os acontecimentos em Brasília" e disse condenar "veementemente os actos violentos antidemocráticos".

"Manifesto a minha solidariedade e apoio ao Presidente Lula da Silva e às autoridades legítimas da República Federativa do Brasil", afirmou José Maria Neves.

Portugal, Espanha e União Europeia condenam

A Presidência de Portugal emitiu uma nota a informar que "o Presidente da República Federativa do Brasil, Lula da Silva, falou telefonicamente com o Presidente da República, agradecendo a sua manifestação pública pela condenação e repúdio dos atos praticados em Brasília, tendo enaltecido o facto de Portugal ter sido o primeiro país a fazê-lo".

Antes, Rebelo de Sousa considerou considerou que "estes actos, além de inconstitucionais e ilegais, são inadmissíveis e intoleráveis em democracia, reforçando o apoio e a total solidariedade de Portugal para com o poder legitimamente eleito no Brasil".


Da Espanha, o Presidente do Governo escreveu dar "todo meu apoio ao Presidente Lula e às instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro".

"Condenamos veementemente o assalto ao Congresso do Brasil e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática", concluiu Pedro Sanchez.

A presidente do Parlamento Europeu afirmou estar profundamente preocupada com o que está a acontecer no Brasil.

"A democracia deve ser sempre respeitada", escreveu Roberta Metsola, numa publicação na rede social Twitter, na qual assegura estar "ao lado do Governo" do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e "de todas as instituições legitima e democraticamente eleitas".

Também, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, expressou a sua "condenação absoluta" do "ataque às instituições democráticas" e transmitiu o "total apoio" do bloco ao Presidente Lula da Silva.

Apoio da América Latina

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) também condeou o que chamou de "ataque às instituições em Brasília, que constitui uma acção condenável e um ataque direto à democracia".

Luis Almagro, classificou de "indesculpáveis e de natureza fascista".

Por seu lado, Andrés Manuel López Obrador, Presidente do México, escreveu nas redes sociais dizendo ser "condenável e antidemocrática a tentativa de golpe dos conservadores no Brasil incentivados pelas lideranças do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos", enquanto o chefe de Estado do Chile, Gabriel Boric, garantiu que "o Governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse covarde e vil ataque à democracia".

Os presidentes de Cuba e Venezuela também condenaram a invasão.

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