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Estados Unidos e União Europeia chegam a acordo sobre aviões e preparam outras parcerias


Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, Joe Biden, Presidente dos EUA, e Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, em Bruxelas, 15 de Junho de 2021
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, Joe Biden, Presidente dos EUA, e Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, em Bruxelas, 15 de Junho de 2021

"Tenho uma visão muito diferente da de meu antecessor", disse Biden, enquanto Von der Leyen reconheceu que os "últimos quatro anos foram difíceis"

Os Estados Unidos e a União Europeia chegaram a um acordo que coloca fim a uma longa disputa sobre subsídios às companhias aéreas.

A Administração Biden vai suspender condicionalmente por cinco anos as tarifas à Europa que foram autorizadas pela Organização Mundial do Comércio para subsídios considerados injustos à Airbus, o maior fabricante de aviões e principal concorrente da americana Boeing.

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“Esta reunião começou com um avanço em aviões”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no início das negociações formais nesta terça-feira, 15, com o Presidente dos EUA, Joe Biden, acrescentando que “isso realmente abre um novo capítulo no nosso relacionamento porque passamos do litígio para a cooperação em aeronaves após 17 anos de disputas”.

O acordo "resolve um problema comercial de longa data na relação EUA-Europa", afirmou a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, em teleconferência.

“Em vez de lutar com um dos nossos aliados mais próximos, estamos finalmente unindo-nos contra uma ameaça comum. Concordamos em trabalhar juntos para desafiar e combater as práticas não mercantis da China neste sector de formas específicas que reflectem os nossos padrões de concorrência justa”, disse Tai, para quem o acordo “é um modelo que usaremos para superar outros desafios colocados pela China e pela concorrência económica fora do mercado”.

Braços abertos para Biden

Os líderes europeus manifestaram a sua alegria em receber Joe Biden que tem apostado num relacionamento diferente do existente durante a Presidência de Donald Trump, na qual tarifas, incluindo sobre vinho e queijos, foram aplicados aos aliados transatlânticos como castigo por não contribuírem o suficiente para a Nato.

"Tenho uma visão muito diferente da de meu antecessor", disse Biden enquanto se levantava para uma fotografia de família dentro do Edifício Europa com o presidente da Comissão Europeia, Von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

“A América está de volta ao cenário global”, comentou Michel, que disse ser “uma óptima notícia para os aliados, e também uma ótima notícia para o mundo”.

Von der Leyen disse a Biden que a sua viagem a Bruxelas “sendo feita tão cedo no seu mandato destaca o seu toque pessoal na UE e nós realmente apreciamos isso. Os últimos quatro anos não foram fáceis”.

Outras disputas

Por resolver está a disputa transatlântica sobre as tarifas de aço e alumínio.

A UE já havia decidido não aumentar as tarifas conforme planeado, esperar seis meses para trabalhar em conjunto na questão fundamental do excesso de produção e encontrar um caminho comum para enfrentar o desafio da China de dumping, subsídios e excesso de produção.

“Essas negociações e discussões estão em andamento. Eles foram muito construtivas e vão levar ainda algum tempo”, disse um alto funcionário dos EUA a repórteres.

Washington e Bruxelas também vão começar diálogos sobre “Rússia, questões cibernéticas e migração”, de acordo com a Casa Branca.

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