Estados Unidos e Brasil renovam os seus laços de cooperação e manifestam confiança mútua. Estas são indicações do encontro entre os presidentes Barack Obama e Dilma Roussef, que está de visita ao país.
O encontro entre os dois estadistas, em Washington, serviu também para aliviar as tensões recentes sobre a espionagem, que tornou as relações entre os dois países tensas.
Numa conferência de imprensa conjunta, na Casa Branca, na terça-feira, 30, o Presidente Obama disse que Brasil não era apenas um parceiro regional, mas uma potência global. Obama sublinhou que confia completamente na presidente Dilma Roussef.
A Presidente Dilma disse que as coisas mudaram desde o cancelamento da visita de Estado, em 2013, na sequência de revelações de que os Estados Unidos a espiavam.
Roussef disse que “a mudança deve-se ao facto de o Presidente Obama e o Governo dos Estados Unidos terem declarado em várias ocasiões que não teriam mais actos que seriam de intrusão em países amigos.”
“Eu acredito no Presidente Obama!", realçou Dilma Roussef.
No encontro, Obama e Dilma acordaram que os seus dois países irão trabalhar juntos no combate às mudanças climáticas, sendo uma das metas atingir 20 por cento de participação de fontes renováveis nas suas matrizes energéticas até 2030. Brasil comprometeu-se a restaurar 12 milhões de hectares de florestas.
O presidente Obama disse que era uma “meta ambiciosa”.
“Eu saúdo essa decisão pela importância que ela tem na redução das emissões de gases de efeito de estufa e no nosso compromisso de manter sem sombra de dúvida o meio ambiente e a redução da temperatura impedindo que elea aumente em mais de dois graus,” disse Dilma.
O anúncio destas iniciativas de combate às alterações climáticas antes da conferência das Nações Unidas em Paris no final deste ano é considerado um passo político importante que pode influenciar a assinatura de um acordo global.
Obama e Rousseff concordaram também em retomar a cooperação em questões cibernéticas.