Até o 15 de janeiro, cinco dias antes da posse da nova Administração americana, as forças militares dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque serão reduzidas para 2.500 em cada um dos país.
No Afeganistão, cerca de dois mil regressarão à casa, enquanto do Iraque sairão 500 mil, segundo o secretário interino de Defesa, Cristopher Miller.
A decisão, que está a ser criticada por aliados directos do Presidente no Congresso, cumpre um promessa de campanha de Donald Trump, embora ele pretendesse retirar todos os militares naqueles países.
O corte foi anunciado pelo novo secretário de Defesa, Cristopher Miller, que ocupa interinamente o cargo desde a demissão de Mark Esper.
O líder do Senado, o republicano Mitch McConnell, um dos maiores aliados da Casa Branca, advertiu o Presidente ontem contra qualquer grande mudança no Departamento de Defesa ou na política externa dos EUA, como uma saída em massa das tropas do Iraque e no Afeganistão.
"Seria abandonar os nossos aliados no Afeganistão", afirmou, McConnell acrescentando que apenas "uma pequena minoria" no Congresso aprovaria a decisão.
Senadores, representantes e analistas temem que a retirada dos militares enfraqueça governos aliados dos EUA, como no Afeganistão, onde Washington tenta mediar um acordo de paz entre o Governo e o grupo terrorista islâmico Talibã.
Apesar das tentativas de um cessar-fogo, observadores internacionais têm observado que o Talibã não respeita com os requisitos do acordo e, inclusive, continua a fazer ataques a civis no Afeganistão.
O secretário interino de Defesa, Cristopher Miller, nega, no entanto, que a retirada coloque em risco militares americanos ou governos aliados.
"Se forças de terror, instabilidade, divisão e ódio começarem uma campanha deliberada para prejudicar nossos esforços, estaremos prontos para aplicar as capacidades requisitadas para aniquilá-las", garantiu Miller na terça-feira, 17.