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Estados Unidos actualiza normas para retomar o envio de terroristas para Guantánamo


Um recluso na cadeia de Guantánamo. Foto de arquivo.
Um recluso na cadeia de Guantánamo. Foto de arquivo.

Organizações de direitos humanos têm criticado o centro e a decisão de Trump de mantê-lo aberta.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou as condições sob as quais retomará o envio de supostos terroristas capturados em batalhas para o centro de detenção na Baía de Guantánamo, Cuba, pela primeira vez em mais de uma década.

As autoridades do Pentágono enviaram a orientação actualizada à Casa Branca, na quarta-feira, apoiando a decisão do presidente Donald Trump de manter aberta a prisão militar dos EUA.

"O Secretário de Defesa deu à Casa Branca uma política actualizada que regula os critérios para a transferência de indivíduos para o centro de detenção da Estação Naval dos EUA, na Baía de Guantánamo", disse Sarah Higgins, porta-voz do Departamento de Defesa.

Em 2009, o antecessor de Trump, Barack Obama, assinou uma ordem executiva ordenando o encerramento daquele centro. Durante a presidência de Obama, o número de reclusos foi reduzido de 242 para apenas 41, todos detidos na administração de George W. Bush.

Um deles, um cidadão saudita, foi transferido, na quarta-feira, para a Arábia Saudita, onde cumprirá uma sentença de 13 anos por ter participado num ataque contra um navio francês.

Obama tentou sem sucesso encerrar o centro. Na sua administração de oito anos não mandou para lá nenhum recluso.

Na sua campanha, o presidente Trump prometeu manter o centro aberto e assinou uma ordem executiva em janeiro passado dando ao Departamento de Defesa 90 dias para atualizar a sua política sobre como lidar com terroristas capturados no campo de batalha.

Organizações de direitos humanos têm criticado o centro e a decisão de Trump de mantê-lo aberta.

"Ao tentar dar nova vida a uma prisão que simboliza a inclinação americana à tortura e detenção ilegal por tempo indeterminado, Trump não tornará este país mais seguro", disse, em janeiro, a União Americana das Liberdades Civis.

O secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, expressou confiança na capacidade do centro de detenção de manter humanamente os combatentes terroristas, ao mesmo tempo que ajuda a garantir a segurança dos EUA.

"É aberto, e estou absolutamente certo de que não há nada que lá acontece que não esteja em conformidade com o protocolo internacional - o protocolo de Genebra", disse Mattis à jornalistas no Pentágono.

O centro foi aberto pelo presidente George W. Bush, após os ataques terroristas de 2001.

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