O Governo angolano aprovou um orçamento preliminar de cerca de 175 milhões de dólares para a execução do Plano Nacional de Salvação de Estradas (PNSE), que visa recuperar cerca de 370 quilómetros de estradas em mau estado nas 18 províncias do país.
Os resultados do concurso já foram apurados e aguardam agora a certificação do Tribunal de Contas, mas especialistas advertem que a subfacturaçao, a falta de quailidade das obras e a ausência de fiscalizção estão na base das estradas deficientes que existem em Angola.
O arquitecto Lando Daniel diz que a falta de ficalização da obras está na base da pouca qualidade das estradas em Angola.
“Falta fiscalização e muitas vezes há subfacturação, mas não se consegue fazer uma estrada com custo alto quando o orçamento cabimentado é inferior”, explica.
A mesma opinião tem o arquitecto Tirônio Silva, que acrescenta não haver respeito pelos trâmites da execução das obras.
Silva afirma ainda que a subfacturação e a falta fiscalização rigorosa também prejudicam a construção de estradas em Angola.
“Não há ficalização rigorosa”, diz categoricamente.
Tirônio Silva mencionou também “não haver drenadagem para águas nas cidades”, o que satura as estradas.
Entretanto, ao anúnciar o plano, o ministro da Construção e Obras Públicas (MINCOP), Manuel Tavares de Almeida, garantiu que a questão da fiscalização está acautelada, "para que não se registem os mesmos erros verificados das empreitadas anteriores".
Tavares de Almeida avançou que o Governo aprovou, recentemente, um Plano de Portagens e Pesagens para os postos fronteiriços, cujas receitas vão reverter para o Fundo Rodoviário.