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"Era a hora de acabar com esta guerra", afirmou Joe Biden em mensagem à nação


Joe Biden, Presidente americano, fala na Casa Branca sobre o fim da guerra no Afeganistão, 31 de Agosto de 2021
Joe Biden, Presidente americano, fala na Casa Branca sobre o fim da guerra no Afeganistão, 31 de Agosto de 2021

Presidente considerou a saída do Afeganistão e disse que nenhum país fez algo semelhante na história

O Presidente dos Estados Unidos defendeu a sua decisão de colocar um fim à presença americana de 20 anos no Afeganistão, reiterando “não querer estender esta guerra para sempre e nem estenderia uma saída para sempre".

"Ontem à noite os Estados Unidos encerrraam 20 anos de guerra no Afeganistão", disse Biden num discurso à nação a partir da Casa Branca a meio da tarde desta terça-feira, 31, em Washington.

O Presidente colocou ênfase na evacuação de americanos e afegãos que quiseram sair com medo de represálias e assegurou que a retirada “foi um sucesso”.

"Concluímos uma das maiores pontes aéreas da história, com mais de 120 mil pessoas evacuadas para locais seguros… Nenhum outro país jamais fez algo parecido”, afirmou Joe Biden, reiterando assumir a responsabilidade pela decisão de deixar o país hoje.

“O extraordinário sucesso desta missão foi devido à incrível habilidade, bravura e coragem altruísta dos militares dos Estados Unidos, dos nossos diplomatas e profissionais de inteligência”, sublinhou o Presidente, que chamou a acção de “não uma missão de guerra, mas uma missão de misericórdia”.

A decisão

Na sua intervenção, ele lembrou que ao assumir a Presidência, a 20 de Janeiro, ele encontrou um acordo assinado pelo seu antecessor Donald Trump com o Talibã para a saída no passado 1 de Maio, sem qualquer plano ou garantia.

Embora assuma a responsabilidade pela decisão, Biden lembrou que “foi a recomendação unânime dos chefes militares e de todos os nossos comandantes em solo encerrar nossa missão de transporte aéreo conforme planeado”.

“Partir em 31 de Agosto não foi um prazo arbitrário”, sublinhou, mas “foi planeaado para salvar vidas americanas”.

O Presidente recordou que durante a campanha prometeu acabar com a mais longa guerra do país, que ele reafirmou depois de assumir a Casa Branca.

“Eu não estenderia essa guerra para sempre e não estenderia uma saída para sempre”, repetiu o Presidente que, por isso, considerou que “era hora de encerrar esta guerra".

"Em Abril, tomei a decisão de encerrar esta guerra. Na época, acreditamos que as forças afegãs teriam a capacidade de controlar o país, mas isso não se confirmou", lembrou Biden.

Embora diga não acreditar nas “palavras deles (Talibã), mas nas suas acções”, ele prometeu ajudar os menos de 200 americanos que se encontram no país, caso queiram sair.

"Continuamos empenhados em tirá-los, se quiserem sair", garantiu.

No seu discurso, Biden referiu-se aos gastos feitos no país, disse que os Estados Unidos não devem seguir com a estratégia de homens no terreno mas usar a tecnologia e que o país não deve olhar agora para 2001, quando os terroristas liderados por Osama bin Laden atacaram os Estados Unidos, mas em frente.

Ele destacou ainda a competição da China e os novos desafios que os Estados Unidos enfrentam.

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