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Enviado americano procura mediar crises no Corno de África


Jeffrey Feltman, diplomata americano
Jeffrey Feltman, diplomata americano

Embaixador Jeffrey Feltman visita Egipto, Eritreia, Etiópia e Sudão

O enviado especial do secretário de Estado americano, Antony Blinken para o Corno de África chega nesta terça-feira, 4, à região numa tentativa de diminuir as tensões entre os vários países.

Em comunicado, Blinken afirmou que o embaixador Jeffrey Feltman visitará Egipto, Eritreia, Etiópia e Sudão durante uma semana e na viagem reúne-se com responsáveis daqueles países, bem como das Nações Unidas e da União Africana, além de actores políticos e grupos humanitários.

“A viagem do enviado especial ressalta o compromisso da Administração em liderar um esforço diplomático sustentado para enfrentar as crises políticas, de segurança e humanitárias interligadas no Corno de África”, reiterou o comunicado do secretário de Estado.

Esta é a primeira vez, em vários anos, que um alto funcionário americano tem permissão para se encontrar com dirigentes da Eritreia.

O antigo embaixador dos EUA na Etiópia David Shinn disse à VOA que a viagem de Feltman à Eritreia é significativa porque “em si é uma coisa boa".

Washington tem pressionado a Etiópia a pôr fim ao conflito na região de Tigray, que se arrasta há seis meses e para o qual pediram tropas aliadas da Eritreia se retirem da região.

"Se eles não regressarem à Eritreia, acho que haverá uma tendência crescente dos Estados Unidos de considerar a Eritreia uma espécie de nação pária no Corno da África", disse Shinn, que lecciona na Elliott School daGeorge Washington University.

A região de Tigray, no norte da Etiópia, tem sido o epicentro das hostilidades desde Novembro, quando combatentes da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) atacaram bases militares na região, de acordo com o governo federal.

O ataque, disse o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, levou seu Governo a lançar uma ofensiva militar para expulsar o grupo.

Em consequência, 4,5 milhões de pessoas necessitam agora de assistência humanitária em Tigray, de acordo com o governo interino.

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