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Enfermeiros de Luanda de novo em greve


Hospital Geral de Luanda em Talatona, Angola
Hospital Geral de Luanda em Talatona, Angola

Sindicalista diz que “especifidades” de Luanda exigem negociações não resolvidas na geve nacional de Novembro. Ogvenro diz que reivindicações são a mesmas

Sob ameaças de detenção por parte de alguns responsáveis hospitalares, os enfermeiros da província de Luanda, em Angola, voltaram a entrar em greve nesta terça-feira,13, para reivindicar melhores condições de trabalho, o aumento de técnicos de diagnóstico, material consumivel, medicamentos e equipamentos para laboratórios.

Enfermeiros de novo em greve em Luanda – 2:47
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Os profissionais também exigem o pagamento das horas-extra e “a transição automática dos quadros de uma categoria para outra".

A greve, com a duração de três dias, é a segunda em menos dois meses, depois da que terminou a 9 de Novembro de 2022, com um acordo entre o Ministério da Saúde e o Sindicato Nacional dos Enfermeiros.

Em conversa com a VOA, o secretário-geral do Sindicato dos Enfermeiros de Luanda, Afonso Kileba, alegou as “especificidades da capital angolana” como a razão de ser da nova paralisação da classe.

“Nós aderimos à greve nacional de uma forma indirecta porque Luanda tem necessidades e problemas próprios. Nos centros de saúde de Luanda até às 12 horas já não se fazem exames laboratoriais por falta de material”, disse Afonso Kileba.

António Afonso Kileba, sdo Sindicato dos Enfermeiros de Angola
António Afonso Kileba, sdo Sindicato dos Enfermeiros de Angola

Aquele responsável admitiu que o sindicato poderia negar o convite do Gabinete provincial de Saúde para um encontro hoje na sequência de relatos sobre ameaças de detenção dos grevistas e destruição de panfletos de anúncio da greve juntos de alguns hospitais e centros de saúde, que aconteceram nas primeiras horas de greve

“Não há condições para negociação”, assegurou Kileba, para quem "enquanto os pontos constantes no caderno reivindicativo não forem satisfeitos, não vamos parar de pressionar o Executivo a resolver os nossos problemas".

Ele apelou ao diálogo com a entidade patronal para a satisfação das reivindicações que remontam ao ano de 2020 .

O sindicalista garante que os bancos de urgência, salas de parto, blocos operatórios, cuidados intensivos, hemodiálise e internamentos terão os serviços mínimos salvaguardados, mas adverte que estes poderão ser levantados se responsáveis administrativos insistirem nas ameaças de detenção contra os profissionais em greve.

Manuel Varela, director do Gabinete provincial da Saúde de Luanda, garante, entretanto, que as reivindicações apontadas estão a ser atendidas ao abrigo do recente acordo entre o Ministério da Saúde e o Sindicato Nacional dos Enfermeiros aem Novembro de 2022.

"São os mesmos pontos que foram discutidos e resolvidos superiormente", concluiu.

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