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Empresas de extração mineira na Huíla enfrentam dificuldades de exportação


Lubango
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Algumas empresas de extração mineira na província angolana da Huíla estão desde o princípio do ano com dificuldades de exportar a sua produção.

Exportadores da Huíla queixam-se de novas regras - 1:46
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As mesmas que têm o granito negro como o principal produto de exportação sobretudo para a Europa apontam alegadas regras introduzidas pela Administração Geral Tributária (AGT) e o Sistema Integrado do Ministério do Comércio, (SIMINCO) como estando na base desta situação.

Marcelo Siku, da empresa mineira Rodang, revelou que essa dificuldade de exportação está a criar muitos transtornos com elevados custos associados ao frete de navios no Porto Comercial do Namibe.

“Cria muitas dificuldades porque nós temos clientes internacionais que esperam o produto e pelos navios fretados. E quando chega o navio e sem colocarmos o material nós pagamentos o que chamámos de frete falso: Pagar sem transportar”, disse Siku.

Na Huíla estão contabilizadas 15 empresas que se dedicam à exploração de granito negro e que durante todo o mês de Janeiro terão ficado sem exportar.

Uma fonte da Administração Geral Tributária (AGT) contactada pela VOA assegurou não existirem mudanças significativas nas regras, estando estas empresas de importação e exportação apenas obrigadas a responder os requisitos do Sistema Integrado do Ministério do Comércio.

Numa altura em que se fala da necessidade de uma maior competitividade no mercado angolano com o país a pretender impor-se na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, (SADC), o presidente da classe de empresários da Huíla, Paulo Gaspar, olha com cepticismo para esta ambição quando avalia o parque industrial local.

“Nós temos que produzir se quisermos e nós estamos no mercado da SADC muito em breve vamos ter que abrir a fronteira ao mercado livre da SADC e não temos condições neste momento de competir com a Namíbia ou com a África do Sul ou com o Botswana até com a Zâmbia. Nós ao abrirmos as nossas fronteiras para o mercado da SADC nessas condições como se diz na gíria seremos varridos”, advertiu Gaspar.

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