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Empresa mineira evacua instalações após ataque em Cabo Delgado


Nesta foto de arquivo, Mina da Gemfields Montepuez
Nesta foto de arquivo, Mina da Gemfields Montepuez

A firma mineira Nairoto Resources Limitada (NRL), na província moçambicana de Cabo Delgado, foi evacuada e as operações suspensas na sequência de um ataque a uma posição militar por grupos rebeldes nas imediações, anunciou nesta terça-feira, 14, a Gemfields, empresa britânica que é sócia maioritária da companhia.

O ataque dos insurgentes armados ocorreu a 15 quilómetros a este da mina da NRL e a 83 quilómetros a norte de Montepuez Ruby Mining (MRM), também detida maioritariamente pela Gemfields, o que forçou a evacuação da primeira.

“Como consequência deste ataque a NRL iniciou o processo de evacuação dos seus trabalhadores e contratados e as operações foram paralisadas”, diz a Gemfields em comunicado que a VOA teve acesso.

A nota esclarece que ataque não teve impacto sobre as operações da MRM, que já evacuou trabalhadores em Outubro de 2022, após invasão dos insurgentes a uma firma em Namanhumbir.

“A nossa prioridade é a saúde e a segurança dos trabalhadores”, sublinha a empresa, lembrando que mantém contactos com as autoridades governamentais sobre o regresso à normalidade.

No entanto, a VOA sabe que dezenas de pessoas continuam a refugiar-se na sede do distrito.

“A aldeia próxima à empresa está vazia, não tem pessoas, todas fugiram”, disse um dos moradores.

Ataque de ontem

Um grupo de mais de 100 homens armados invadiu na madrugada da segunda-feira, 13, um posto avançado das Forças de Defesa e Segurança de Nairoto e no ataque pelo menos cinco militares terão sido mortos.

Além de cinco militares mortos, várias viaturas militares e paramilitares foram destruídas, disse uma fonte, acrescentando que também foi destruída uma máquina niveladora que era usada para melhorar as vias de acesso.

A força ruandesa, que ajuda Moçambique no combate à insurgência armada, foi destacada para o local na tarde de sexta-feira, disse outra fonte local.

A VOA contactou a Polícia em Pemba, mas até agora sem qualquer resposta.

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