"A Guiné-Bissau tem de mostrar uma nova face da moeda, de que este Governo é capaz de limpar a imagem do país", disse o autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, ao dar posse ao novo Governo, liderado por Nuno Gomes Nabian.
Integrado por por 32 membros, dos quais 19 ministérios e 13 secretarias de Estado, ficando por preencher a pasta da Saúde Pública, com apenas sete mulheres, o Executivo é formado, na sua maioria, por membros do Movimento para Alternância Democrática (MADEM), do Partido da Renovação Social (PRS), de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
A grade novidade é a transição da ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, dirigente do PAIGC e que integrava o anterior Governo anterior, para o atual Executivo, o que causou muita estranheza em Bissau.
No seu discurso, Úmaro Sissoco Embaló defendeu o combate à corrupção e o regresso do funcionamento das instituições, particularmente as escolas.
"Ninguém está acima da lei e apesar da pressão nós temos o dever de construir a Guiné-Bissau e somos nós guineenses que temos de construir a terra e temos de renunciar à cultura do ódio, de rejeição", continuou o autoproclamado Presidente que garantiu que “oGoverno não se vai servir dos bens públicos para enriquecer".
O lema "dinheiro do Estado nos cofres do Estado", utilizado pelo Presidente cessante, José Mário Vaz, vai ser retomado por Embaló.
"Temos de arranjar dinheiro para pagar aos professores, que é a grande prioridade. A política deste Governo é fazer homens com escola. Um homem que não tem escola é um homem dentro de um envelope", referiu Embaló, que considerou que as Forças Armadas não se intrometeram na política e que são “republicanas”.
Ele prometeu que nesta terça-feira, 3, vai mandar abrir as escolas e apelou aos sindicatos dos professores para haver diálogo.