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Embaixador da Argélia regressa ao Mali, depois de crise política entre Argel e Bamako


Assimi Goita, lídeer da Junta Militar que governa o Mali, Bamako, 16 unho 2023
Assimi Goita, lídeer da Junta Militar que governa o Mali, Bamako, 16 unho 2023

Em causa, encontro entre o Presidente da Argélia e o Imam Mahmoud Dicko, crítico da Junta Militar que governa o Mali

O embaixador da Argélia no Mali regressou a Bamako, mais de duas semanas depois de ter sido chamado de regresso a Argel devido ao aumento das tensões diplomáticas entre os dois países vizinhos.

Os diplomatas de ambos países foram chamados de volta pelos seus respetivos Governos a 22 de dezembro, dois dias depois de o embaixador argelino em Bamako ter sido convocado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali por alegados "atos hostis" e "interferência" de Argel nos "assuntos internos" do Mali.

Em particular, a Junta Militar do Mali acusou o diplomata argelino de realizar reuniões com separatistas tuaregues sem envolver Bamako.

O Presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, recebeu em Argel uma importante figura religiosa e política do Mali, o imam Mahmoud Dicko, um dos poucos que ousaram expressar abertamente as suas divergências com os militares no poder desde 2020.

A Argélia é o principal mediador nos esforços para devolver a paz ao norte do Mali, na sequência de um acordo assinado em 2015 entre o Governo do Mali e grupos armados predominantemente tuaregues.

Os combates entre os separatistas e as tropas do Governo do Mali eclodiram novamente em Agosto, após oito anos de calma, enquanto ambos os lados lutam para preencher o vazio deixado pela retirada das forças de manutenção da paz das Nações Unidas, determinada pela Junta Militar.

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