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Embaixadora americana na ONU reitera, em Kyiv, apoio de Washington à Ucrânia


Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, dá as boas-vindas à embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas em Kyiv, Ucrânia, 8 Novembro 2022 Nov. 8, 2022.
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, dá as boas-vindas à embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas em Kyiv, Ucrânia, 8 Novembro 2022 Nov. 8, 2022.

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas encontrou-se com o Presidente da Ucrânia em Kyiv nesta terça-feira, 8, a quem reiterou o apoio “firme” de Washington ao seu país, que sofre de apagões contínuos, escassez de água e bombardeamentos russos.

Linda Thomas-Greenfield e Volodymyr Zelenskyy discutiram formas de responsabilizar a Rússia pelas atrocidades cometidas na Ucrânia desde a sua invasão há oito meses e o impacto da guerra na segurança alimentar global, segundo seu porta-voz.

"Ela se comprometeu a continuar a trabalhar nas Nações Unidas para fortalecer o apoio internacional à soberania da Ucrânia e instar os Estados membros a defender o direito internacional e a Carta das Nações Unidas", disse o porta-voz da diplomata americana, Nate Evans, em comunicado.

Comida segura

A Iniciativa Grãos do Mar Negro, negociada pelas Nações Unidas e pela Turquia, que ajuda a Ucrânia a exportar seus grãos e removeu obstáculos às exportações de alimentos e fertilizantes da Rússia expira a 19 de Novembro e, apesar das críticas de Moscovo, as partes acreditam que ele vai ser renovada.

Para destacar a importância do acordo de grãos, Thomas-Greenfield visitou um celeiro para ver como os grãos são processados.

“Ouvimos dizer que a Ucrânia é o celeiro do mundo, e estou aqui vendo a Ucrânia como o celeiro do mundo – vendo o trigo sendo entregue, processado, transformado em farinha, ouvindo diretamente dos agricultores que eles precisam desse acordo de grãos que o secretário-geral tem estado tão comprometido com a negociação”, disse a diplomata, reiterando que “eles precisam desse acordo para dar confiança aos agricultores para plantar o seu trigo.”

Na segunda-feira, a Ucrânia exportou mais de 10 milhões de toneladas métricas de grãos e outros alimentos através de três dos seus portos no Mar Negro.

Dois terços desse total foram para os chamados países do sul global.

Crimes de guerra

Thomas-Greenfield também se encontrou com sobreviventes de atrocidades praticadas pela Rússia e suas famílias.

Ela foi informada durante uma visita ao Laboratório Forense da Polícia Nacional em Kyiv sobre como os técnicos da cena do crime recolhem e analisam evidências de crimes de guerra.

“Saí dessa experiência sabendo que esta guerra só terminará quando aqueles que cometeram essas atrocidades forem responsabilizados”, disse a embaixadora americana nas Nações Unidas a repórteres, elogiando o trabalho dos investigadores.

Ela acrescentou que a única maneira de a guerra terminar é a Rússia retirar suas tropas da Ucrânia.

“A Rússia começou isso e a Rússia pode acabar com isso, e eles podem acabar com isso retirando suas tropas e colocando um fim nas atrocidades que cometem contra o povo ucraniano”, acusou Thomas-Greenfield.

Ainda durante uma visita a um centro que abriga centenas de pessoas deslocadas na cidade de Irpin, ela anunciou que a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) fornecerá 25 milhões de dólares em assistência para a época de inverno aos ucranianos vulneráveis.

“Com o inverno se aproximando rapidamente, entendemos a importância de ajudar a Ucrânia a manter as casas aquecidas e ligadas”, disse Thomas-Greenfield, lembrando que os ataques de mísseis e drones da Rússia ameaçaram deixar a Ucrânia sem energia e água.

“À medida que as temperaturas caem, a Rússia está tentando tornar essa situação sombria terrível. Não podemos permitir que isso aconteça”, concluiu a embaixadora americana junto das Nações Unidas.

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