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Luta renhida nas eleições para governadores no Brasil


Pesquisa recente do Ibope revela que a candidata à reeleição Dilma Rousseff aparece na liderança com 36%, seguida de Marina Silva com 30% e de Aécio Neves com 19%.

No Brasil, 165 candidatos disputam no dia 5 de Outubro os governos dos 26 Estados, além do Distrito Federal, nas eleições deste ano para Presidente, governadores, senadores e deputados.

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Pesquisas apontam que o Partido dos Trabalhadores (PT), da presidente Dilma Rousseff, o PMDB, do vice-presidente Michel Temer, e o PSDB, do presidenciável Aécio Neves, devem comandar o maior número de Estados do Brasil.

Pelas sondagens, a legenda da presidente Dilma Rousseff aparece liderando em cinco Estados e brigando, com chances de vitória, em mais quatro. Mas, os outros partidos juntos deixam a legenda governista para trás. Tendo como destaques o PMDB e o PSDB, eles estão à frente em 18 disputas de governos.

Eduardo Martins, cientista político, reitor da Universidade FUMEC lembra que esses cenários estaduais se misturam ao nacional. As várias disputas para os governos influenciam e são influenciadas pela corrida presidencial.

"Não existe só a influência da principal disputa, a presidencial, não é só ela que contamina para baixo. Há uma contaminação mútua. Os candidatos aos governos puxam votos para os seus candidatos a presidente", lembra.

Na corrida pelos governos, as disputas nos três maiores colégios eleitorais, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais chamam a atenção, diante da possibilidade de geração de maior impacto do quadro nacional.

O PSDB, do candidato à presidência Aécio Neves, que lidera a corrida dos governadores em, pelo menos, seis Estados, tem ampla vantagem em São Paulo. O actual governador, que disputa a reeleição Geraldo Alckmin tem quase 50% das intenções de votos, sinalizando para uma vitória quase antecipada, como destaca Eduardo Martins.

"Eu acredito que é muito difícil uma reversão no Estado de São Paulo se não houver factos políticos novos. Porque alguém que já está apontando claramente que tem muito mais votos que todos os outros candidatos somados, que ninguém o ameaça de perto, indica uma fatura liquidada no primeiro turno".

Mas se por um lado o partido do presidenciável Aécio Neves deve ganhar o comando de São Paulo, o candidato pode perder em casa onde está no comando há 12 anos. De acordo com as pesquisas, Pimenta da Veiga (PSDB) teria 23% das intenções de votos, enquanto o candidato do PT para o governo de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT), tem 43%.

"Surpreendentemente, o candidato do Aécio em Minas está patinando nas pesquisas. Pior, ainda, o Aécio perde votos em Minas não somente para o governo do Estado. Ele também perde na candidatura para presidente. Há um crescimento claro de Marina Silva e Dilma em todo o estado de Minas Gerais", afirma.

No Rio de Janeiro, o cenário é igualmente intrigante, lembra o analista. "Onde você tem uma disputa muito acirrada para o governo do Estado e onde você tem quatro candidatos que, de alguma maneira, apoiam a Dilma Rousseff. Eles querem aparecer ao lado da Dilma. Ou seja, ainda que haja disputa entre os governos no nível regional, há uma somatória de votos para a Dilma", explica.

"São situações em três Estados muito importantes. O que isso implicará efectivamente, só as próximas pesquisas vão indicar. São três Estados muito importantes, do ponto de vista sócio-económico, cultural e do ponto de vista de uma participação nacional desse eleitorado dos três Estados".

Os brasileiros vão às urnas no próximo dia 5. De acordo com pesquisa recente, do Ibope, a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) aparece na liderança com 36%, seguida de Marina Silva (PSB), 30%, e Aécio Neves, 19%. Nas simulações de segundo turno, Marina e Dilma aparecem em empate técnico, considerando a margem de erro.

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