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Eleições em São Tomé e Príncipe: do "banho" ao medo da propagação da Covid-19


Cidade de São Tomé, São Tomé e Príncipe
Cidade de São Tomé, São Tomé e Príncipe

Eleitores e observadores acreditam em segunda volta devido ao elevado número de candidatos

Mais de 123 mil cidadãos estão inscritos em São Tomé e Príncipe e na diáspora para votar nas eleições presidenciais de 18 de Julho.

Em contagem decrescente aumenta a ansiedade e as expetativas da população, enquanto a campanha presidencial está ao rubro em todos os distritos.

Silvéria Pereira, ex-agente de educação cívica, não esconde a preocupação com o fenómeno conhecido por “banho”, ou seja, a compra de consciência dos eleitores.

“O país como é muito pobre, os políticos aproveitam-se das pessoas mais vulneráveis que, realmente, há dias que não têm um pão para comer, e tiram o proveito”, lamenta a cidadã que espera que os eleitores estejam mais preocupados com os projectos de sociedade dos 19 candidatos na corrida presidencial.

“Eu vou votar não pelo banho, mas sim para escolher um bom Presidente para o nosso país”, disse, por outro lado, uma “palaye” de peixe fresco no mercado de Bôbo Fôrro.

Mas há quem não dispensa o "banho", apesar de ter já o seu candidato preferido.

“O meu candidato já tem o meu voto garantido, com ou sem ´banho´, mas quando eu for votar quem me der 100 ou 50 dobras eu tomo”, afirmou outro feirante enquanto vendia fruta-pão e banana.

Entretanto, o elevado número de candidatos à Presidência da República não agrada os eleitores.

Por isso, observadores dizem ser quase certa uma segunda volta das eleições, embora, segundo o eleitor Gilmar Sousa, pode “haver um vencedor já na primeira volta”.

Em tempo de pandemia, no calor campanha eleitoral Sousa e muitos outros estão preocupados com a propagação da Covid-19 com a multiplicação das actividades de caça ao voto.

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