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Egipto vai acolher cimeira dos vizinhos do Sudão, numa altura em que os combates continuam


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O Egipto disse no domingo que iria acolher uma cimeira dos vizinhos do Sudão no dia 13 de julho para discutir formas de pôr fim a um conflito de 12 semanas entre facções militares sudanesas rivais que desencadeou uma grave crise humanitária na região.

Até à data, os esforços diplomáticos para pôr termo aos combates entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (FAR) têm-se revelado ineficazes, com iniciativas concorrentes que criam confusão quanto à forma de levar as partes em conflito a negociar.

Nem o Egipto, considerado o aliado estrangeiro mais importante do exército sudanês, nem os Emirados Árabes Unidos, que têm mantido laços estreitos com as RSF, têm desempenhado um papel público proeminente.

Os dois países também não estiveram envolvidos nas conversações em Jeddah, lideradas pelos Estados Unidos e pela Arábia Saudita, que foram suspensas no mês passado depois de não terem conseguido garantir um cessar-fogo duradouro.

Os dois maiores vizinhos do Sudão, o Egipto e a Etiópia, têm estado em conflito nos últimos anos por causa da construção de uma enorme barragem hidroelétrica no Nilo Azul da Etiópia, perto da fronteira com o Sudão.

A cimeira que se realiza no Cairo na quinta-feira tem como objetivo "desenvolver mecanismos eficazes" com os Estados vizinhos para resolver o conflito de forma pacífica, em coordenação com outros esforços regionais ou internacionais, afirmou a presidência do Egipto em comunicado.

Entretanto, as delegações sudanesas, incluindo as dos partidos civis que partilharam o poder com o exército e o RSF após o derrube do antigo presidente Omar al-Bashir há quatro anos, deverão reunir-se na segunda-feira em Adis Abeba, capital da Etiópia, para conversações exploratórias.

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