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Egipto: Deportado filho de importante político da Palestina


Ramy Shaath
Ramy Shaath

Ramy Shaath foi acusado de ter ligações com a Irmandade Muçulmana, que o governo egípcio designou como organização terrorista

Autoridades egípcias deportaram o filho de um proeminente politico da Palestina depois dele cumprir dois anos e meio de prisão preventiva por alegações de ter laços com um grupo ilegal, disse a sua família, neste sábado (8).

Ramy Shaath, filho de Nabil Shaath, conselheiro do presidente palestino Mahmoud Abbas, foi libertado na quinta-feira e depois deportado, disse a família em comunicado. Ele foi forçado a renunciar à sua cidadania egípcia para ganhar a sua liberdade.

A família disse que as autoridades egípcias entregaram Ramy Shaath a um representante da Autoridade Palestina no aeroporto internacional do Cairo, onde ele embarcou num voo para Amman, capital da Jordânia.

Ele depois embarcou noutro voo no sábado para Paris, onde a sua esposa, Celine Lebrun Shaath, cidadã francesa, mora, disse o comunicado.

Não houve comentários imediatos do governo egípcio.

Ramy Shaath foi preso em julho de 2019, na sua casa, em Cairo, e acusado de ter ligações com a Irmandade Muçulmana, que o governo egípcio designou como organização terrorista em 2013.

Com dupla nacionalidade palestina-egípcia, ele foi adicionado a um caso que incluía um ex-legislador e importantes activistas seculares. Eles foram presos cerca de um mês antes de Shaath e acusados de colaborar com membros procurados da Irmandade na Turquia para planear violência e tumultos.

No ano passado, ele foi adicionado à lista de terroristas do país.

Ramy Shaath ajudou a estabelecer o braço egípcio do movimento de boicote liderado pelos palestinos contra Israel, conhecido como BDS.

O comunicado da família disse que as autoridades egípcias o forçaram a renunciar à cidadania como uma “pré-condição para a sua libertação”.

“Ninguém deveria ter que escolher entre a sua liberdade e sua cidadania. Ramy nasceu egípcio... . Nenhuma renúncia forçada à cidadania sob coação jamais mudará isso”, lê-se no comunicado.

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