O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anuncia na tarde deste sábado, 26, a sua escolhida para ocupar o lugar deixado vago no Supremo Tribunal por Ruth Bader Ginsburg, falecida no passado dia 18.
A juiza conservadora Amy Coney Barrett é apontada pela generalidade da imprensa americana como sendo a escolhida pelo Presidente, de acordo com fontes da Casa Branca.
Ela foi vista esta semana na Casa Branca.
Barrett, de 48 anos de idade, é católica e tem assumido posições conservadoras em temas como a legalização do aborto, prática permitida nos EUA por uma decisão do Supremo Tribunal de 1973 mas que é legalmente questionada com frequência no país.
Ela também está alinhada com as posições do Presidente em relação ao uso de armas e imigração, embora quanto aos direitos dos homossexuais ela diverge de Donald Trump que afirmou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo "está bem".
Amy Coney Barret integra o Tribunal de Apelações do 7º Circuito de Chicago e formou-se na Escola de Direito de Notre Dame em Indiana.
Ela trabalhou para Antonin Scalia, juiz conservador do Supremo Tribunal, também católico e que morreu em 2016.
Depois do anúncio do Presidente, cabe ao Senado aprovar o nome de Barret, que deve ter o apoio dos republicanos que são a maioria no órgão.
Os democratas, com o candidato presidencial Joe Biden à cabeça, defendem que seja o Presidente eleito a 3 de novembro a escolher o novo membro do Supremo Tribunal.
Eles lembram que em 2016, mais de seis meses antes das eleições, o Senado republicano não aceitou votar o candidato escolhido pelo então Presidente Barack Obama para o lugar deixado vago por Scalia por ser ano eleitoral, quando agora faltam pouco mais de 30 dias para as eleições.
Com a aprovação de Barret, o Supremo Tribunal terá uma maioria conservadora de 6-3.
Os juízes do órgão máximo da justiça americana são vitalícios.