O Presidente americano Donald Trump anunciou nesta quinta-feira, 13, um um acordo de paz histórico entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, que levará a uma normalização total das relações diplomáticas entre as duas nações do Médio Oriente,
“Enorme avanço hoje! Acordo de paz histórico entre nossos dois grandes amigos, Israel e os Emirados Árabes Unidos”, escreveu Trump no Twitter, depois o acordo ter sido selado num telefonema o Presidente americano, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o xeique Mohammed Bin Zayed, príncipe herdeiro de Abu Dhabi.
No Salão Oval da Casa Branca, Trump disse que as conversas entre os dois líderes foram tensas em alguns momentos e que acordos semelhantes estão a ser debatidos com outros países da região.
“Todos disseram que isto seria impossível”, sublinhou Trump, que, lembrou que, "depois de 49 anos, Israel e os Emirados Árabes Unidos normalizarão totalmente suas relações diplomáticas".
Ao abrigo do acordo, Israel vai suspender a aplicação de soberania a áreas da Cisjordânia que pretendia anexar, disseram fontes da Casa Branca à Reuters.
As autoridades norte-americanas descreveram o pacto, que ficará conhecido como Acordos de Abraham, como o primeiro do tipo desde que Israel e a Jordânia assinaram um tratado de paz em 1994.
O acordo também dá um trunfo de política externa a Trump em meio à sua campanha para a sua reeleição no dia 3 de novembro.
Num primeiro comentário sobre o acordo, Netanyahu disse no Twitter que se trata de “um dia histórico para o Estado de Israel”.
Por sua vez, o príncipe herdeiro de Abu Dhabi escreveu na mesma rede social que um acordo foi acertado e que impedirá uma nova anexação israelita de territórios palestinos.
A cerimónia de assinatura que contará com delegados de Israel e dos Emirados Árabes Unidos deve realizar-se na Casa Branca nas próximas semanas.