A revogação das licenças de operação dos bancos Postal e Mais está a
dividir especialistas, que consideram tratar-se de uma decisão política e não económica.
O Banco Nacional de Angola (BNA) requereu à Procuradoria Geral da Republica que decrete a falência dos dois bancos, por não cumprimento do aumento de capitais obrigatórios para 7,5 mil milhões Kwanzas.
Em Março do ano passado, o BNA anunciou a obrigatoriedade de os bancos triplicarem o capital social regulamentar mínimo de 2,5 para 7,5 mil milhões Kwanzas, com efeitos até 1 de Janeiro do presente ano.
Reagindo a esta decisão, os accionistas do Banco Postal, contestaram a
situação de falência e afirmam que o mesmo está “dotado de fundos
próprios regulamentares positivos e claramente suficientes para suprir
todas as suas responsabilidades”.
Os accionistas demonstraram o seu mais profundo desacordo com a decisão tomada pelo Banco Nacional de Angola e prometem recorrer às instâncias judiciais competentes.
Entre os especialistas de várias areas, entre economistas, politicos, juristas e bancários, há quem julga tratar-se de uma decisão legitima. Mas outros temem um impacto negativo no mercado financeiro e na credibilidade do sector bancario.
Para o jurista Adriano Sapiñala, o BNA tomou uma medida acertada, mas faltou diálogo entre as instituições bancárias afectadas.
Acompanhe o debate com o jurista Adriano Sapiñala; Sergio Calundungo, especialista em projectos de desenvolvimento; e Amilcar Silva, presidente da Associação de Bancos: