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Distribuição de mandatos para a próxima legislatura favorece a Frelimo, diz a Renamo


Há polémica na distribuição de mandatos para a próxima legislatura no parlamento moçambicano. A oposição diz que a Frelimo, no poder, foi favorecida pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Distribuição de mandatos para a próxima legislatura favorece a Frelimo, diz a Renamo
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Tudo parte da distribuição do número de deputados que cada província deverá eleger nas eleições de 15 de Outubro, que segundo a Renamo, foram manipulados para dar maior número às províncias onde a Frelimo tem maior base de apoio.

Com base nos números do recenseamento eleitoral, a CNE fez as contas e distribuiu os mandatos para cada círculo eleitoral. A distribuição mostra variações significativas entre as legislaturas de 2009, a que está em curso e a próxima, mas o centro de polémicas está nas províncias de Gaza, Sofala, Zambézia e Nampula.

Segundo os números divulgados esta semana pela CNE, Nampula e Zambézia, os dois maiores círculos eleitorais, e onde a oposição, com destaque para a Renamo, tem eleito maior número de deputados, perdem quatro e dois mandatos, respecctivamente. Deste modo, Nampula vai eleger 45 deputados e Zambézia 41.

Sofala, outra base favorável à posição, vai eleger 20 deputados, igualando os eleitos em 2009, perdendo, contudo, dois comparativamente a actual legislatura.

No sentido contrário está a província de Gaza, base quase exclusiva da Frelimo, vai eleger 22 deputados, mais nove que a actual legislatura e mais seis do que 2009.

A Renamo diz que os números foram manipulados para beneficiar a Frelimo.

“O que nós achamos é que a distribuição é manipulada para beneficiar a Frelimo. Não se explica que na província de Gaza não tenha morrido ninguém, e o número de eleitores tenha subido drasticamente. Para nós foram tirados mandatos em Sofala, Zambézia e Nampula, para mandar para Gaza, onde a Frelimo tem mais simpatias” explicou André Majibire, Secretário-geral da Renamo.

A CNE nega qualquer manipulação e diz que a distribuição foi estritamente baseada nos números do recenseamento eleitoral

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