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Dezenas de pessoas morrem em manifestações em Kinshasa


Os manifestantes opõem-se a uma proposta de lei que alargaria o mandato do presidente congolês, Joseph Kabila.

Organizações de defesa dos direitos humanos afirmaram que morreram esta semana dezenas de pessoas durante as manifestações na República Democrática do Congo(RDC).

Os manifestantes opõem-se a uma proposta de lei que alargaria o mandato do presidente Joseph Kabila.

De acordo com a Federação Internacional dos Direitos Humanos, dezenas de pessoas morreram desde segunda-feira em confrontos com as forças de segurança em Kinshasa.

Aquela organização apelou, entretanto, às autoridades congolesas que ponham termo ao que considerou como o uso excessivo da força contra os manifestantes.

Ida Sawyer, da Human Rights Watch no Congo, falou à VOA a partir de Kinshasa dizendo que o numero de mortos se elevava a pelo menos 20: “Em muitos casos, a policia e as forças de segurança da presidência dispararam directamente contra a multidão. Nalguns casos os manifestantes recorreram também à violência apedrejando as forças policiais. Pelo menos 2 policias morreram nos confrontos”.

A oposição diz que a proposta de lei se destina a prorrogar a permanência de Kabila na presidência para além dos 2 mandatos previstos na constituição.

Os protestos têm envolvido até agora grupos estudantis, activistas da oposição e organizações da sociedade civil. A Igreja Católica opôs-se igualmente a um adiamento das eleições.

Registaram-se também manifestações em Goma e Bukavu, no leste do país.

Ontem, 21, o Departamento de Estado americano expressou a sua preocupação pela violência e apelou à realização de eleições pacificas, dignas de crédito e dentro do calendário estabelecido na República Democrática do Congo, de acordo com o estabelecido na Constituição.

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