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Detidos na Bélgica três homens suspeitos de envolvimento no genocídio de Ruanda 


Fotografias de família de alguns dos mortos, exposição no centro do Memorial do Genocídio de Kigali, Ruanda, 2019.
Fotografias de família de alguns dos mortos, exposição no centro do Memorial do Genocídio de Kigali, Ruanda, 2019.

A Bélgica deteve e acusou, semana passada, três homens suspeitos de envolvimento no genocídio de Ruanda em 1994.

Um porta-voz da procuradoria belga disse em comunicado, no sábado, que os três foram "acusados de graves abusos de direitos humanos".

Eric Van Duyse disse que dois foram presos, na terça-feira, em Bruxelas, e o terceiro na, quarta-feira, na província de Hainault.

Van Duyse não deu detalhes sobre os suspeitos, mas disse que as suas identidades foram verificadas com a ajuda de depoimentos de testemunhas no Ruanda.

Ele disse que um dos homens está sob vigilância eletrônica e os outros dois estão presos.

Van Duyse disse que o julgamento dos homens dependerá de informações compiladas pelo juiz de instrução e pelo Ministério Público.

As prisões foram relatadas pela primeira vez, na sexta-feira, pelo semanário belga Le Vif.

Cerca de 800 mil pessoas, a maioria tutsis e alguns hutus moderados, foram mortas no genocídio de 1994 em Ruanda.

O Tribunal Criminal Internacional da ONU para Ruanda indiciou mais de 90 pessoas e julgou 80 delas, antes de encerrar suas atividades em 2015.

Desde 2001, a Bélgica realizou cinco julgamentos de ruandeses implicados nos assassinatos, com penas de prisão de até 20 anos.

Um tribunal belga considerou o ex-oficial ruandês Fabien Neretse culpado de genocídio em dezembro e o sentenciou a 25 anos de prisão.

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