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Detidos durante manifestação em Luanda vão a julgamento sumário na segunda-feira


Manifestação em Luanda
Manifestação em Luanda

Horas depois da manfestação organizada neste sábado, 24, por activistas e que teve o apoio da UNITA e de outras forças da oposição, reprimida pela polícia, a VOA sabe que os detidos vão a julgamento sumário na segunda-feira, 26.

Em conversa com a VOA, o comandante províncial da Polícia Nacional (PN) em Luanda Eduardo Cerqueira, sem confirmar o número de detidos, confirmou a instrução de processos crimes para na segunda-feira os activistas detidos serem encaminhados a um tribunal.

Fontes bem informadas indicam que os organizadores ponderam voltar aos protestos no dia do julgamento.

Há indicações de que, pelo menos, 50 jovens foram detidos ou agredidos pela polícia.

"Houve uma repressão bastante violenta. Não havia razão para o regime usar uma força desproporcional porque a manifestação era pacífica”, disse o activista Dito Dali, da organização.

Um dos agredidos foi Nelito Ekuiku, deputado da UNITA, que disse à imprensa que as autoridades recorreram a um decreto que limita a aglomeração de modo a evitar a propagação do novo coronavírus.

À noite, a governadora da província de Luanda, Joana Lima, lamentou os “prejuízos incalculáveis” na sequência dos confrontos entre a PN e os manifestantes e disse haver fins inconfessos de quem, segundo ela, manipula os activistas.

Ela reiterou, como a PN, que a manifestação foi ilegal à luz do decreto presidencial sobre medidas de combate e controlo à pandemia que entrou hoje em vigor e considerou-a um "acto de vandalismo".

A manifestação pretendia protestar contra o desemprego e o alto custo de vida e pedir a marcação das eleições autárquicas.

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