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Despedimentos avançam na companhia aérea angolana TAAG


O ministro angolano dos Transportes, Ricardo de Abreu confirmou que a companhia angolanaTAAG vai despedir trabalhadores por forma a garantir maior rentabilidade da empresa.

Em declarações à imprensa em Luanda, o ministro ressalvou que a medida será efetivada tão logo termine o estado de emergência em vigor no país.

“Há um excedente de pessoal que terá que ser tratado”, reiterou.

A revelação do ministro confirma a recente decisão do Conselho da Administração da companhia de bandeira angolana de dispensar trabalhadores reformados “com contratos de continuidade” em até 30 por cento.

Em Setembro de 2019, o Presidente da República tinha determinado num decreto a transformação da companhia numa sociedade anónima, criando a TAAG,SA, em substituição da TAAG - Linhas Aéreas de Angola, EP.

Na altura, garantiu, no entanto, que a mudança de nome não que iria quebrar“ a identidade e personalidade jurídica” da companhia.

Em 2018, a TAAG tinha desistido de um processo de venda de 35 por cento do seu capital à Emirates, no âmbito do processo de privatização da transportadora aérea nacional.

Entretanto, a companhia previa receber no passado mês de março a primeira de seis aeronaves do tipo Dash8-400s, de uma empresa canadiana que deviam ser utilizadas nas rotas domésticas e regionais.

O economista Faustino Mumbica defende que a direção da TAAG tinha outras alternativas que não apenas o despedimento de pessoal.

Mumbica considera “um paradoxo”, a companhia reclamar a falta de suporte financeiro, ao mesmo tempo que anuncia a compra de novos aparelhos para a sua frota e acusa os sucessivos conselhos de administração de "terem gerido mal e empresa"".

Por seu turno, o analista Carlos Veiga considera que os despedimentos são uma medida incontornável para a sobrevivência da companhia" não obstante os efeitos sociais que a mesma acarreta.

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