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Desalojados das chuvas em Malanje clamam por apoios que não chegam


Desalojados das chuvas instalados na Arena Palanca Negra, Malanje
Desalojados das chuvas instalados na Arena Palanca Negra, Malanje

Mais de 100 famílias desalojadas pelas chuvas foram colocadas no pavilhão Arena Palanca Negra e muitas carecem de vestuário, roupa de cama, utensílios domésticos e comida.

Mais de 100 famílias desalojadas pelas chuvas que caíram em Malanje nos últimos e colocadas no pavilhão Arena Palanca Negra admitem haver enormes dificuldades.

Algumas dela carecem de vestuário, roupa de cama e utensílios domésticos, enquanto dizem que a alimentação é insuficiente para saciar a fome.

Desalojados das chuvas em Malanje clamam por apoios que não chegam
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Neves José Kizanga, morador do bairro Catepa, está há cerca de 20 dias no pavilhão com seis filhos e esposa.

“Aqui só duas refeições, mata-bicho pão com chá, não há almoço, o jantar as crianças têm direito a arroz. Há momentos que calha, há momentos nós como mais velhos passamos a noite com fome”, conta.

Neves João veio a Malanje proveniente do município de Xá-Muteba, na Lunda Norte para tratamento médico no Hospital Regional local e foi surpreendido pelas chuvas que fizeram desabar a casa dos seus pais.

“As condições não estão a dar certo, porque não estão a conseguir alimentar-nos bem, as pessoas estão a dormir no chão , não tem lençol, outros estão a depender de estender panos, isso não está a dar certo”, explica.

O estudante Abílio Miguel reconhece os esforços do Governo de Malanje em amparar as famílias desalojadas, mas admite que espera por um futuro melhor num lugar seguro porque o pavilhão está desprovido de condições.

“O dormitório é inapropriado para nós [pessoas], principalmente para as crianças, o chão é muito frio, as casas de banho não têm condições", lamenta Miguel.

O governador de Malanje, Marcos Nhunga anunciou recentemente que as vítimas das enxurradas vão beneficiar de lotes de terrenos para auto-construção dirigida, mas sem mencionar as modalidades de destruição, nem quem vai construir as referidas residências e o local escolhido.

Até ao momento não há uma versão oficial das condições disponíveis no pavilhão, proporcionadas pela comissão provincial multissetorial de protecção civil.

Os jornalistas necessitam de autorização para filmar, fotografar ou ouvir os desalojados no interior do pavihão, mas as autoridades não têm permitido o acesso às vítimas nem às autoridades.

Nesta segunda-feira, 27, o governador de Malanje, Marcos Nhunga, diringiu a III sessão ordinária do Governo Provincial, que entre outros assuntos, debruçou-se sobre o Plano Provincial de Preparação, Contingência, Resposta e Recuperação de Calamidades para 2023-2027.

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