A Câmara dos Deputados nos Estados Unidos aprovou uma legislação que aumenta o controlo de segurança para os refugiados sírios que pretendam procurar asilo no país e suspende o programa do Presidente Barack Obama.
Com 289 votos a favor e 137 contra, o órgão legislativo controlado pela maioria republicana impede, por agora, a execução do programa da Administração Obama que previa a admissão a admissão de 10 mil refugiados sírios em 2015 e 1016.
O Presidente já anunciou que irá vetar a nova legislação.
De notar o elevado número de democratas que votaram contra o programa da Casa Branca o que, para analistas, é um sinal claro de que Barack Obama está cada vez mais isolado na sua posição sobre os refugiados, depois dos atentados terroristas de Paris e da ameaça do Estado Islâmico de atacar Washington e Nova Iorque.
Ontem, Obama defendeu o programa e disse que “não se pode responder a um ataque terrorista com medo” e que não se pode tomar boas decisões “com base em histeria ou exagero de riscos”.
O director do FBI James Comey manifestou a profunda preocupação com o projecto de lei agora aprovado porque, citado pela CNN, teria dito que a nova legislação tornará impossível a entrada de refugiados nos Estados Unidos e afectará as políticas de entrada de pessoas no país, nomeadamente dos cerca de 30 países que têm acordos de isenção de visto com Washington.
Apesar de admitir riscos em situações do género, Comey garantiu que o FBI possui um eficiente processo de inteligência controlar a entrada dos refugiados sírios.
Por agora, com o veto de Obama anunciado, desconhece-se quando o Senado irá analisar o projecto de lei.
O líder da minoria Harry Reid anunciou hoje que os emocratas vão tentar bloquear o projecto de lei.