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Deputado da UNITA diz ter sido sequestrado no sábado por agentes à paisana


Domingos Epalanga, deputado da UNITA, Angola
Domingos Epalanga, deputado da UNITA, Angola

Domingos Epalanga conta que foi mantido num lugar por cerca de três horas

O deputado da UNITA Domingos Epalanga diz ter sido sequestrado por cerca de três horas no sábado, 17, dia em se realizaram manifestações em várias cidades contra a subida dos preços dos combustíveis, fim da venda ambulante e da proposta de lei que muda o estatuto das organizações não governamentais.

A Polícia Nacional (PN) não confirma o sequestro, mas em nota informa que 87 pessoas foram detidas em Luanda e Benguela e que serão levadas a julgamento sumário.

Manifestação em Luanda, Angola, 17 Junho 2023
Manifestação em Luanda, Angola, 17 Junho 2023

Uma fonte da corporação, que não quis ser identificada, afirmou que alguns dos detidos começaram a ser apresentados no Ministério Público, mas desconhece qualquer detenção ou sequestro do deputado Domingos Epalanga, no inicio da tarde de sábado.

O parlamentar disse à Voz da América ter sido raptado por supostos agentes da polícia à paisana, nas imediações do largo Primeiro de Maio, e diz ter passado momentos de horror.

“Eu fiquei com os três cerca de três horas, depois de três horas é que o senhor voltou e disse que estava tudo bem... apesar de não me molestarem passei momentos de horror”conta Epalanga, quem esclarecer que “eles sabiam que era deputado porque eu identifiquei-me”, contou.

Manifestação contra aumento de combustível, do custo de vista e da lei das organizações não governamentais, Luanda, Angola, 17 Junho 2023
Manifestação contra aumento de combustível, do custo de vista e da lei das organizações não governamentais, Luanda, Angola, 17 Junho 2023


O deputado prometeu apresentar queixa junto dos órgãos de justiça mas mostra-se céptico que o processo vá adiante.

"Sabemos que é uma atitude useira da Polícia Nacional, e também receio que qualquer processo poderá cair em saco roto”, concluiu.

A Amnistia Internacional disse à Voz da América ter havido detenções em Cabinda, mas não foi possível confirmar esta informações, bem como outras que apontam para prisões no Bié e no Huambo.

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