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Deficientes visuais no Namibe queixam-se de injustiça e exclusão social


O presidente da Associação dos Deficientes Visuais na província angolana do Namibe denuncia a discriminação de que eles são alvos, nomeadamente no processo de sensibilização dos perigos da Covid-19 e no acesso a qualquer tipo de ajuda.

“Passamos por muitas dificuldades, é verdade que não deviam esquecer-se de nós”, afirma Augusto José.

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Com o surgimento da pandemia, os deficientes visuais abandonaram as ruas, onde pediam por ajuda, mas ficaram sem qualquer tipo de apoio durante o período de confinamento.

“Insisto no sentido da coletividade, os meus colegas estão a sofrer de fome, em todos os encontros que realizo eles reclamam de fome e a Ação Social tem distribuído comida nas comunidades, mas os meus colegas com deficiência visual têm sido esquecidos”, diz José, quem apelou à sensibilidade das autoridades.

O presidente da Associação dos Deficientes Visuais na Província do Namibe afirma esperar que o programa PIIM venha “a contemplar também esta franja da população angolana”.

A VOA procurou ouvir o porta-voz da comissão multissectorial contra a Covid-19 e diretor da Saúde, Miguel Pedro Ferreira “Coríntio”, mas sem sucesso.

Entretanto, o deputado do MPL, João Guerra defende que tudo o que está mal deve ser corrigido.

“Nós temos procurado obter aquelas máquinas (…) que servem para os cegos escrever e conhecer o alfato e temos levado aí na escola dos deficientes, mas se existem outros problemas é preciso corrigir”, diz.

A associação tem cerca de 30 membros.

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