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Defesa de Lula da Silva pede libertação e Sérgio Moro sugere mudança da Constituição


Antigo Presidente brasileiro foi condenado em segunda instância
Antigo Presidente brasileiro foi condenado em segunda instância

Os advogados de defesa do antigo presidente brasileiro Lula da Silva pediu nesta sexta-feira, 8, à juíza Carolina Lebbos que o coloque em liberdade depois de o Supremo Tribunal Federal ter decidido ontem que condenados devem ir para a cadeia apenas depois do trânsito em julgado, ou seja quando forem esgotadas todas as formas de recurso.

O advogado Cristiano Zanin, que defende Lula, reuniu-se com o antigo Presidente hoje antes de fazer o pedido.

A defesa de Lula diz que embora o acórdão do Supremo Tribunal Federal não tenha sido publicado, o alvará de soltura pode ser expedido imediatamente.

Reacções de Moro e do Senado

Em reacção, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse em comunicado respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal, mas deixou claro que a Constituição Federal de 1988, usada como base na decisão, pode ser mudada.

“Sempre defendi a execução da condenação criminal em segunda instância e continuarei a defender”, escreveu Moro, acrescentando, no entanto, que “o Congresso pode alterar a Constituição ou a lei para permitir novamente a execução em segunda instância”.

Por outro lado, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet, afirmou que vai incluir uma Proposta de Emenda à Constituição sobre a prisão em segunda instância na agenda da próxima reunião, que determina que a condenação por órgãos colectivos deve ser executada imediatamente, independentemente de eventuais recursos.

Caso a proposta for aprovada, terá de ser votada no plenário por maioria absoluta.

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