Um grupo bipartidário de importantes legisladores americanos nomeou Jimmy Lai e outros cinco defensores da democracia de Hong Kong para o Prémio Nobel da Paz.
Os seis nomeados "são representantes de milhões de habitantes de Hong Kong que se opuseram pacificamente à constante erosão das liberdades democráticas da cidade", tanto pelo governo de Hong Kong, amplamente visto como recebendo ordens de Pequim, como pelo governo da República Popular da China, disseram os legisladores dos EUA num comunicado de imprensa na quinta-feira.
O congressista Chris Smith (R-NJ), o senador Jeff Merkley (D-OR), juntamente com o congressista James P. McGovern (D-MA) e o senador Marco Rubio (R-FL), nomearam Lai, o cardeal Joseph Zen, Tonyee Chow Hang-tung, Gwyneth Ho, Lee Cheuk-Yan e Joshua Wong.
Os legisladores descreveram os seis como "ardentes campeões da autonomia de Hong Kong, dos direitos humanos e do Estado de direito, tal como garantidos pela Declaração Sino-Britânica e pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos".
Através da nomeação, os quatro legisladores americanos, incluindo o actual e o passado imediato presidente e co-presidente da Comissão Executiva do Congresso para a China, ou CECC, dizem que procuram honrar "todos aqueles em Hong Kong cuja bravura e a determinação perante a repressão inspirou o mundo".
Liu Xiaobo, até agora, é a única pessoa chinesa a receber um Prémio Nobel da Paz, em 2010.
Liu foi preso na altura - a sua ausência na cerimónia de entrega do prémio, representada por uma cadeira vazia - e tornou-se um símbolo dos direitos fundamentais negados aos cidadãos chineses pelo seu governo.
Wei Jingsheng, que passou um total de 18 anos como prisioneiro político na China e que ele próprio foi nomeado para o Prémio da Paz no passado, aplaudiu a nomeação, chamando-a "oportuna e justa".
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