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11 de Setembro: “A história americana mudou naquele dia, mas nunca mudaremos o carácter da nação”, disse o Presidente Biden


Joe Biden discursa na cerimónia que marca mais um aniversário dos ataques de 11 de Setembro de 2001, 11 Setembro 2022
Joe Biden discursa na cerimónia que marca mais um aniversário dos ataques de 11 de Setembro de 2001, 11 Setembro 2022

Autoridades e povo assinalam o 21o. aniversário dos ataques de 11 de Setembro de 2001

Os americanos pararam num misto de tristeza e de reflexão neste domingo, no 21o. aniversário do ataque terrorista mais mortal da história dos Estados Unidos, a 11 de Setembro de 2001, quando quatro aviões de passageiros sequestrados por terroristas da Al-Qaeda mataram quase três mil pessoas.

O Presidente Joe Biden marcou o momento com uma cerimónia solene no Pentágono, onde os terroristas lançaram um avião junto de um dos cinco lados do prédio do Departamento de Defesa nos arredores de Washington, provocando a morte de 184 pessoas.

“Vinte e um anos, e mantivemos essa promessa de nunca esquecer”, disse Biden às pessoas presentes, num dia chuvoso.

“A história americana mudou naquele dia, mas nunca mudaremos o carácter da nação”, acrescentou Biden, reiterando que a determinação do país contra os terroristas estrangeiros “nunca vacilou”.

O Presidente citou o ataque do comando dos EUA em 2011 que matou o mentor do 11 de Setembro, Osama bin Laden, no Paquistão e o mais recente ataque com drones que Biden ordenou para matar o novo líder da Al-Qaeda, Ayman. al-Zawahiri, na capital do Afeganistão, Cabul.

Joe Biden disse que os Estados Unidos “nunca hesitarão em fazer o que for preciso para defender o povo americano”.

Vice-Presidente Kamala Harris (esq) e o marido, Doug Emhoff, (dir) na cerimónia de homenagem às vítimas do 11 de Serembro de 2001, 11 Setembro 2022
Vice-Presidente Kamala Harris (esq) e o marido, Doug Emhoff, (dir) na cerimónia de homenagem às vítimas do 11 de Serembro de 2001, 11 Setembro 2022

A vice-Presidente, Kamala Harris, e o marido, Doug Emhoff, visitaram o marco zero em Nova Iorque, onde testemunharam a tradicional leitura dos nomes de todas as vítimas dos ataques, enquanto a esposa de Biden, a primeira-dama Jill Biden, visitou um memorial em Shanksville, Pensilvânia.

Quarenta pessoas morreram numa área rural do Estado da Pensilvânia, depois que um avião caiu num campo.

Os passageiros invadiram a cabine do avião e tentaram inutilmente dominar os sequestradores que haviam comandado o avião e que procuravam chegar a Washington para outro ataque à capital.

Outras comunidades em todo o país marcaram o dia com vigílias à luz de velas, serviços inter-religiosos e outras comemorações.

Alguns americanos juntaram-se a projectos voluntários num dia reconhecido pelo Governo federal como Dia do Patriota e Dia Nacional de Serviço e da Recordação.

Os ataques estimularam uma “guerra ao terror” nos campos de treinamento da Al-Qaeda no Afeganistão, uma guerra que durou duas décadas antes de Biden retirar as últimas tropas americanas há um ano, numa saída caótica enquanto os insurgentes do Taleban assumiram o controlo do país, que eles controlavem por ocasião de 11 de Setembro de 2001.

O ataque de há 21 anos promoveu um sentimento nacional de união e de determinação patriótica nos EUA contra um inimigo comum, o grupo terrorista que executou o ataque inimaginável.

Agora, embora muitos americanos tenham parado para um momento de reflexão sobre o aniversário do ataque, o país há muito se dividiu politicamente, numa série de temas domésticos, como integridade eleitoral, aborto, mudanças climáticas, direitos de voto e muito mais.

Enquanto isso, o país se afastou da participação directa nas guerras no exterior, mesmo que o Governo dos Esados Unidos tenha enviado bilhões de dólares em armamentos para a Ucrânia para ajudar na luta de Kyiv contra a invasão da Rússia, agora no seu sétimo mês.

Em casa, os Estados Unidos têm enfrentado uma crescente ameaça de violência, às vezes de extremistas de direita irritados com a derrota do ex-Presidente Donald Trump na reeleição em 2020 , às vezes de protestos de rua contra o tratamento policial de minorias raciais.

O Presidente Biden observou que, em 2001, após os ataques terroristas, “cavávamos fundo, nos importávamos uns com os outros, um verdadeiro senso de unidade nacional”.

Agora, ele disse: “Não há nada que esta nação não possa realizar quando estamos juntos. Não basta defender a democracia uma vez por ano. Vamos garantir nossa democracia uns com os outros”, concluiu o Presidente.

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