Os sul-africanos estão a votar desde as sete horas desta quarta-feira, 8, em eleições legislativas e provinciais, em que se espera uma nova vitória do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde a queda do regime do Apartheid em 1994.
A vitória do partido de Nélson Mandela parece não estar em causa, apesar do desemprego, da corrupção e de uma sociedade que sofre cada vez mais com a desigualdade.
As últimas sondagens indicam que o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) vai manter-se no poder, devido, principalmente, dizem observadores, ao legado da luta contra o regime de minoria branca, que terminou em 1994, com a eleição de Nelson Mandela.
A pesquisa de boca-de-urna não é permitida na África do Sul, mas uma sondagem do instituto Ipsos, com mais de 500 eleitores, previu que o actual Governo ganhará as eleições com 63,9% dos votos, pouco abaixo dos 65,9% alcançados em 2009.
Há 48 partidos inscritos, 19 a mais do que em 2014, e 26,75 milhões de eleitores que vão escolher 400 deputados.
Com o ANC favorito, tendo à frente o sucessor de Jacob Zuma, Cyril Ramaphosa, a grande incógnita é saber se ficará acima dos 60 por cento dos votos.
Na oposição, destacam-se a Aliança Democrática (DA, em inglês), liderada por Mmusi Maimane e os Lutadores pela Liberdade Económica (EFF, em inglês), presidida por Julius Malema.
Enquanto a DA é um partido de centro e liberal, geralmente associado à minoria branca, o EFF é considerado mais à esquerda que o ANC,
Além da disputa a nível nacional, os sul-africanos vão escolher os governadores e deputados provinciais.
Os resultados oficiais serão anunciados no sábado.
Acompanhe a análise do Dr. André Thomashausen, Constitucionalista; ede António Ramos, jornalista: