O custo de vida em Moçambique agrava-se diariamente, tendo a inflação atingido uma taxa anual de 12 por cento final do mês passado, impulsionada pelo aumento dos preços dos alimentos, que não mostram sinais de abrandamento com a seca que assola toda a região Sul.
A esta situação, acrescenta-se a actual tensão político-militar.
A dívida transformada em soberana de 850 milhões de dólares contraída pela empresa estatal Ematum para a compra de barcos e a recente descoberta pelo Wall Street Journal da existência da alegada dívida de 787 milhões de dólares, facto que agravou a dívida do país em 25 por cento é tambémapontada como estando por detrás do alto custo de vida no país, de acordo com o economista Alfredo Mondlane.
Por seu lado, o economista Edilson Munguambe faz uma análise optimista da situação, ao acreditar que se o Estado obter novos encaixes a dívida será amortizada sem criar custos avultados na vida ao Cidadão.
Recentemente, o Governo moçambicano disse que pode rever em baixa a meta do Produto Interno Bruto de 7 por cento para este ano, devido à conjuntura da economia doméstica e internacional, opinião idêntica apresentadas pelo FMI e várias entidades independentes.