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Cristãos celebram a Páscoa em casa e com recurso à tecnologia


Sé Catedral de Maputo
Sé Catedral de Maputo

Em Moçambique, as famílias cristãs celebram a Páscoa tristes por não poderem participar, como habitualmente, nas missas ou cultos religiosos por causa das medidas de restrição, visando evitar o alastramento do coronavírus.

As igrejas dizem que estão e vão cumprir com as regras estabelecidas no âmbito do Estado de Emergência, decretado pelas autoridades governamentaisRM

Agora, canta-se e reza-se apenas em casa.

“Passar a Páscoa sem poder ir à igreja é muito triste”, disse um fiel, enquanto outro acrescenta “bom, eu queria muito ir à missa, mas, por causa do coronavirus, isso não é possível, dói o coração.”

As igrejas continuam a rezar, mas, em virtude das medidas para conter a pandemia da Covid-19, são poucos os que estão autorizados a participar nas missas. Somente o padre, os acólitos e alguns crentes.

Dom Francisco Chimoio, Arcebispo da Diocese de Maputo
Dom Francisco Chimoio, Arcebispo da Diocese de Maputo

“É uma tristeza em parte mas temos uma vantagem na medida em que pelo menos transmitimos pela rádio, as pessoas vão acompanhar”, diz Dom Francisco Chimoio, Arcebispo da Diocese de Maputo, para quem a Igreja Católica que, em Moçambique, segundo dados divulgados o ano passado pelo Vaticano, tem acima de sete milhões e 600 mil fiéis, vai cumprir, com rigor, todas as normas estabelecidas, visando prevenir a COVID-19.

“A todos os moçambicanos não menosprezem as medidas que foram apresentadas pelo governo. Procurem obedecer à risca porque o beneficiário somos nós. Portanto, muita obediência, muita seriedade e sobretudo muito amor à vossa própria vida”, conclui”, Dom Francisco Chimoio, Arcebispo da Diocese de Maputo.

Tristes, mas firmes na fé, estão também os religiosos integrados no Conselho Cristão de Moçambique, que congreva 26 igrejas, com um total de seis milhões e 600 mil membros.

Reverendo João Damião, secretário-geral do Conselho Cristão de Moçambique
Reverendo João Damião, secretário-geral do Conselho Cristão de Moçambique

Os templos quase todos eles fechados, e orações são feitas sobretudo com base em mensagens enviadas por telemóvel ou escritas em papéis previamente impressos e distribuídos por todos.

“É triste porque não nos encontramos, não nos vemos fisicamente mas sempre partilhamos a mensagem, seria mais triste se não tivéssemos esta oportunidade da tecnologia para podermos nos comunicar”, afirma o reverendo João Damião, secretário-geral do Conselho Cristão de Moçambique,

“O apelo que nós continuamos a dar é que toda a gente siga as medidas dadas pelo Governo assim como a saúde. De lavar sempre as mãos e seguir todas as medidas de higiene pessoal e colectiva. E estarmos sempre se possível, em casa”, acrescenta João Damião, como mensagem do Conselho.

Moçambique está em estado de emergência desde há uma semana.

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