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Crise ameaça milhares de empregos na hotelaria angolana


Falta de divisas apontada como principal causa da crise.

A Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA) teme que muitos dos 87 mil empregos venham a desaparecer do sector devido à crise das divisas.

Num recado endereçado às autoridades, enquanto parceiros do Estado na execução do Plano Director do Turismo, os hoteleiros lamentam a falta de créditos.

Um investimento global de 5 mil milhões de dólares, que facilitou a construção de 435 hotéis em Angola, deve ser preservado e apoiado.

Imbuída neste espírito, a Associação dos Hotéis e Resorts, em fase de expansão dos seus serviços, diz que os seus operadores estão sem incentivos da banca.

O presidente da AHRA, Armindo César, reconhece a importância de sectores como a educação, saúde e agricultura, mas não percebe as razões para tanta exclusão.

“Os hotéis, hoje, não só sofrem com as baixas taxas de ocupação, mas também por terem perdido a capacidade operacional. Há quebra até mesmo de capacidade humana porque a falta de divisas implicou o despedimento de muitos expatriados’’, indica o César.

A manter-se o cenário, adverte Armindo César, muitos de 80 mil angolanos do sector podem perder o emprego.

“As unidades empregam 87 mil trabalhadores. Devo dizer que estes postos de trabalho estão em risco, já que os hotéis e resorts não têm como renovar os estoques, não há abastecimento e os gestores fazem contas à vida’’, conclui.

Estas queixas da Associação de Hotéis e Resorts chegaram a Benguela, província que pretende ombrear com a África do Sul as receitas do turismo em África.

Em 2013, conforme os dados disponíveis, as cidades sul-africanas receberam a maior parte dos 56 milhões de turistas que visitaram o continente, o que significou um crescimento de quatro por cento.

No ano, foram movimentados 34 mil milhões de dólares.

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