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Críticas e contra-críticas dominam atualidade da Frelimo após eleições autárquicas


Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, exibe o dedo depois de votar nas sextas Eleições Autárquicas.
Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, exibe o dedo depois de votar nas sextas Eleições Autárquicas.

Apesar da declarada histórica vitória eleitoral nas autárquicas de 11 de outubro, a Frelimo, partido no poder em Moçambique, continua a viver sinais de alguma divisão no seu seio.

Destacados nomes como Graça Machel, Samora Machel Júnior, Teodato Hunguana, Eduardo Nihia, de entre outros, romperam o silêncio e fizeram críticas sem precedentes sobre a polémica vitória eleitoral.

Críticas e contra-críticas dominam atualidade da Frelimo após eleições autárquicas
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O comentador político José Tomo olha para as críticas que despontam como um sinal de exorcismo interno no partido no poder, que deve culminar com mudança de postura, a começar pelos resultados eleitorais.

"Essas críticas devem chamar a razão ao partido Frelimo para que deixe de insistir em governar pessoas que não votaram neste partido", sustentaTomo.

Amade Camal, antigo deputado da Frelimo na Assembleia da República, diz que o atual tom de críticas internas não é nada de novo e, com base na sua própria experiência, conta episódios de intolerância à crítica dentro do partido.

"Este problema existe e já vem de muito longe. O general Nihia foi meu chefe no Parlamento, entre 1994 e 1999. Ele tentou expulsar-me da bancada da Frelimo porque eu tinha feito uma crítica ", recorda Camal, para quem a situação atual mostra que a Frelimo está em processo de transição e sugere que se encontre para discutir o futuro.

O historiador e comentador político, Egídio Vaz, uma das vozes de defesa da atual liderança da Frelimo, reage às críticas internas com contra-críticas, sobretudo, por estar "a acontecer em praça pública".

"Graça Machel é membro do Conselho de Estado, é convidada permanente ao Comité Central, para além de todo o manancial que conhecemos, e portanto não lhe faltam espaços para ela colocar estes assuntos no forum próprio", sustenta Vaz.

No geral, muitos analistas políticos classificam o momento em que o partido no poder vive como uma crise de fim de mandato, que até à escolha do candidato presidencial para as eleições gerais do próximo ano, fará correr muita tinta.

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