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Covid19: Autoridades cabo-verdianas preparam declaração de estado de emergência


Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro, e Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República, Cabo Verde
Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro, e Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República, Cabo Verde

O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, convocou para amanhã, 27, uma reunião do Conselho da República, que vai analisar uma possível declaração de estado de emergência para fazer frente à epidemia do novo coronavirus.

A decisão foi anunciada depois de um encontro entre Fonseca e o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, nesta quinta-feira, 26, na qual o Chefe do Governo disse estar aberto à medida.

O Executivo também terá contatado já a Assembleia Nacional.

Antes, Ulisses Correia e Silva anunciou o reforço das medidas para o controlo da pandemia, no momento em que o país entrou em situação de risco.

Também hoje, o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, revelou que a mulher do cabo-verdiano regressado da França, na segunda-feira, 22, e que está com o novo coronavirus, também está infetada.

É o primeiro caso por contágio local e o quinto no país, três na ilha da Boa Vista e dois na capital, Praia.

Ulisses Correia e Silva
Ulisses Correia e Silva

A partir de amanhã estarão encerrados todos os serviços e empresas públicas e o Governo pediu que, sendo possível, os administradores e funcionários recorram ao teletrabalho e ao trabalho a partir de casa.

O primeiro-ministro garantiu, no entanto, que os funcionários não perderão nem o salário, nem o seu vínculo laboral.

Em funcionamento continuarão, com as devidas cautelas, os "serviços públicos essenciais e imprescindíveis nos domínios da saúde, da segurança e da proteção civil, serviços portuários e aeroportuários, serviços urgentes de registo nacional de identificação civil e serviços urgentes dos tribunais judiciais, entre outros que serão aprovados por Resolução do Conselho de Ministros ainda hoje".

Os mercados municipais de venda de produtos agro-alimentares deverão funcionar com um número reduzido de vendedores a determinar pelas câmaras municipais.

Entretanto, amanhã o Governo de anunciar um pacote de medidas dirigidas ao setor informal da economia e às famílias para mitigar os efeitos da pandemia.

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