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COVID-19: Implementar o Estado de Emergência será um desafio, dizem analistas


Quelimane, Moçambique
Quelimane, Moçambique

O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, decretou Estado de Emergência para o país travar a propagação do novo coronavírus, mas analistas dizem que o desafio agora é a implementação numa sociedade que depende muito do sector informal.

Durante o Estado de Emergência, ainda sem ratificação da Assembleia da República, haverá restrição severa de aglomeração no sector comercial, obrigatoriedade de redução severa de funcionários em regime presencial e proibição de todos eventos, atividades desportivas e cultos durante o mês de Abril.

“Uma coisa é decretar o Estado de Emergência, outra coisa é o Estado estar presente nas ruas para assegurar que as pessoas estejam em casa”, diz Adriano Nuvunga, Investigador e diretor-executivo do Centro de Democracia e Desenvolvimento (CDD).

Para Nuvunga, “mesmo tendo informação, as pessoas precisam de ter o que comer em casa”.

O facto de não se ter determinado o confinamento total da população “é ajustado para a informalidade da economia moçambicana (...) dado que o Estado não vai dar uma bolsa-família”.

O encerramento de sítios de lazer é para o investigador ajustado “ajustado, porque é por aí que maior propagação se poderá registar”.

Por outro lado, a economista Inocência Mapisse adverte que será difícil implementar as medidas relativas ao comércio. “Há uma rigidez no sentido de que não deve haver aglomerados (...) vai ser complicada a adoção destas medidas, sob pena de haver manifestações sociais”.

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