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COVID-19: Holanda vai fazer teste da nova variante a 61 passageiros que chegaram da África do Sul


Passageiros provenientes da África do Sul, no aeroporto de Schiphol, 27 de Novembro, 2021
Passageiros provenientes da África do Sul, no aeroporto de Schiphol, 27 de Novembro, 2021

AMSTERDÃO, 27 de novembro (Reuters) - Autoridades de saúde holandesas disseram, neste sábado (27), que detectaram 61 casos de COVID-19 entre indivíduos que chegaram da África do Sul, na sexta-feira (26) e agora estão a fazer mais testes para ver se algum está infectado com a nova variante omicron.

Os casos foram descobertos entre cerca de 600 passageiros que chegaram ao aeroporto Schiphol de Amsterdão, em dois voos, na sexta-feira, antes do governo holandês interromper o tráfego aéreo da África austral, devido a preocupações com a variante.

Autoridades de saúde holandesas disseram também que irão entrar em contacto com viajantes que chegaram da África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbabwe, desde segunda-feira e pedir-lhes que façam um teste o mais rápido possível.

Os passageiros dos voos de sexta-feira foram mantidos separados de outros viajantes e os que tiveram resultado positivo estão em isolamento num hotel próximo do aeroporto.

Um porta-voz do Ministério da Saúde disse que não haveria informação até sábado se algum dos passageiros está infectado com a nova variante.

Um porta-voz da KLM, braço holandês da Air France, disse que a companhia aérea procura apurar as regras que estavam em vigor na manhã de sexta-feira para evitar que pessoas com infecções por COVID-19 embarcassem nos voos, que partiram da Cidade do Cabo e Joanesburgo.

As regras no site da empresa indicam que os passageiros devem apresentar um resultado negativo de teste COVID-19 do "antígeno rápido" 24 horas antes da partida, mas não são obrigados a apresentar a prova de vacinação.

Susto

Paula Zimmerman, uma fotógrafa holandesa, de regresso de uma visita familiar à África do Sul, na manhã de sexta-feira, disse que a situação dos passageiros era caótica, pois eles ficaram na pista e terminal por horas.

Zimmerman foi informada que o seu teste deu negativo às 4 da manhã, quase 18 horas após pousar em Amsterdão, mas disse que então descobriu que estava ao lado de um homem que sabia que tinha testado positivo.

"Foi muito estranho. Não havia coordenação. Havia muito poucas pessoas e realmente não havia ninguém que assumisse o controle." Depois de passar horas num voo que provavelmente teve muitos passageiros infectados, Zimmerman diz que está ansiosa.

"Disseram-me que eles esperam que muito mais pessoas tenham teste positivo depois de cinco dias. É um pouco assustadora a ideia de ter estado num avião com muitas pessoas com teste positivo."

A restrição imposta pela Holanda não significa que todos os voos da África Austral serão interrompidos, já que os cidadãos holandeses podem voltar para casa, enquanto os da União Europeia podem entrar em trânsito para os seus países de origem.

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