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COVID-19: Escolas públicas e privadas contra adiamento do reinício das aulas na Guiné-Bissau


Escola em Bissau, Guiné-Bissau
Escola em Bissau, Guiné-Bissau

O Coletivo das Associações de Escolas Públicas e Privadas da Guiné-Bissau ameaça convocar uma manifestação de rua, dentro 48 horas, caso o Ministério da Educação não revogue o adiamento do reinício de aulas no país.

COVID-19: Escolas públicas e privadas contra adiamento do reinício das aulas na Guiné-Bissau
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As aulas deveriam ter reiniciado nesta segunda-feira, 13, mas o Ministério da Educação adiou o arranque, justificando que uma comissão concluiu que “nenhuma tipologia de escolas está em condições de implementar o distanciamento social”.

Em comunicado, o Ministério diz que a comissão concluiu que há “insuficiência de salas de aula, número excessivo de alunos por turma, falta de carteiras individuais, insuficiência de professores em caso da implementação do distanciamento social (nas salas de aula) e falta de condições higiénico-sanitárias para a retoma das aulas presenciais”.

Mas o presidente da Associação de Escolas Públicas e Privadas, Alfaumaro Só, diz que a decisão do adiamento “é estranha” e questiona a origem de dados que as autoridades usaram para concluir que “não há condições para a retoma das aulas”.

“Demos 48 horas ao Ministério da Educação para se pronunciar a favor da retoma das aulas, caso contrário faremos algo indesejado”, afirma Só.

A Guiné-Bissau registou até agora mais de 1.800 casos e 26 mortos e como muitos países da África subsaariana enfrenta desafios na educação e saúde.

A Alta Comissária para a Luta Contra coronavirus na Guiné-Bissau, Magda Nely Robalo, reconhece a situação das escolas.

“Nós sabemos que as nossas escolas na maioria delas estão em condições não adequadas, mas estamos a trabalhar com o Ministério da Educação para poder ultrapassar barreiras e que as aulas possam ser retomadas num ambiente seguro”, afirma Robalo.

Os sindicatos dos professores tinham manifestado disponibilidade para a retoma das aulas nas escolas públicas e agora pedem ao Governo condições para um melhor funcionamento das escolas e combate ao novo coronavírus na Guiné-Bissau.

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