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COVID-19: Brasil entra na lista dos seis países com mais mortes e projeções não são boas


Andrea Silva aguarda resultado do teste feito ao pai no Rio de Janeiro
Andrea Silva aguarda resultado do teste feito ao pai no Rio de Janeiro

O Brasil pode ter ultrapassado neste sábado, 9, a fasquia das 10 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus, de acordo com um levantamento exclusivo do portal G1, da rede Globo, feito junto das secretarias estaduais de saúde.

Os dados apontam para 10.017 mortes, com 146.894 casos confirmados da doença em todo o país.

Com estes números, o Brasil é o sexto país com mais mortes por causa da doença, atrás dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Espanha e França.

A primeira morte oficial aconteceu há 53 dias.

O balanço do Ministério da Saúde divulgado ontem à tarde apontava para 9.897 mortos e 145.328 casos até então, com 751 mortes apenas entre quinta e sexta-feiras.

Das 20 cidades com maior mortalidade e incidência de casos, 18 se concentram nas regiões norte e nordeste.

Também ontem, o ministro da Saúde, Nélson Teiche, reconhecia que o país está num “momento dificíl” e que tem de reforçar as medidas de distanciamento social e prevenção.

Presidente faz churrasco para 30

O Presidente Jair Bolsonaro, no entanto, tem desrespeitado as normas, dizendo mesmo que “não as segue” e que o país deve regressar à normalidade.

Ele anunciou que amanhã, domingo, elevai fazer um churrasco em casa para 30 pessoas.

Números mais altos

Entretanto, um estudo da Universidade de São Paulo, do campus de Medicina de Ribeirão Preto, divulgado ontem conclui que o Brasil pode ter hoje quase quase milhões de infetados pela Covid.

O número seria maior do que o de casos confirmados nos Estados Unidos, que até agora são o epicentro da doença.

O estudo usa como referência a Coreia do Sul, um dos países que mais fazem testes.

Pesquisadores dizem que a epidemia na Coreia do Sul começou antes do que no Brasil e o número de novos casos está a reduzir.

Entretanto, quando o país asiático estava no mesmo ponto da epidemia que o Brasil está hoje, 1,65% dos sul-coreanos infetados morriam de Covid-19, observaram os pesquisadores brasileiros.

Eles aplicaram essa mesma taxa de letalidade para o Brasil, ajustando o cálculo conforme as diferenças etárias da população em relação aos sul-coreanos, e, assim, a partir do número de mortos, calcularam o que seria o número real de infetados.

Em gráfico desenvolvido pelo estudo, os pesquisados concluíram que, na quinta-feira, 7, quando o Ministério da Saúde contabilizava 135 mil casos de Covid-19 no Brasil, o estudo apontava para mais de 1,9 milhão de casos.

As projeções têm uma margem de erro para mais ou para menos, que indicam que, no limite, o Brasil teria hoje, no mínimo, 1,5 milhão de casos e, no máximo, mais de 2 milhões de casos de Covid-19.

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