Por: Ansumane So
As autoridades políticas instaladas na Guiné-Bissau, desde fevereiro, admitem a possibilidade de prorrogação do estado de emergência para conter a propagação do novo coronavírus.
"Estamos a avaliar esta possibilidade de renovação do estado de emergência vigente no país”, disse o autoproclamado presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo.
Embalo, que falava após uma reunião da comissão interministerial sobre a Covid-19, disse ter falado com os ministros do Interior e da Defesa, “porque o papel das autoridades é de sensibilizar, não o uso da força.”
“Garanto que não haverá mais choque entre as populações e as autoridades," acrescentou.
Impacto no comércio
A prorrogação do estado de emergência terá impacto no comércio, alerta um especialista.
"Se não houver a campanha da comercialização da castanha de caju, este ano será pior para a economia do país”, diz o economista Soares Cassama.
Ele explica que neste momento, o país “está parado e nada está a movimentar, e o preço dos produtos a aumentar.”
Soares Cassama diz que o país perde diariamente um milhão de dólares em consequência do encerramento do maior centro comercial do país, o mercado de Bandim. “E certamente que, os agentes económicos terão dificuldades."